Marco Rubio garantiu aos jornalistas em Israel que o líder dos Estados Unidos ainda espera negociar um acordo de paz que envolva o presidente russo, Vladimir Putin.
O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Marco Rubio, disse esta terça-feira que o presidente norte-americano, Donald Trump vai provavelmente reunir-se com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, na próxima semana.
Trump quer organizar reunião entre Zelensky e PutinAP Photo/Alex Brandon
Marco Rubio garantiu aos jornalistas em Israel que o líder dos Estados Unidos ainda espera negociar um acordo de paz que envolva o presidente russo, Vladimir Putin.
Trump teve "várias ligações com Putin, várias reuniões com Zelensky e provavelmente novamente na próxima semana em Nova Iorque", onde se realiza a Assembleia Geral da ONU, disse o secretário de Estado norte-americano.
Na segunda-feira, o governo da Rússia acusou a Ucrânia de "abrandar artificialmente" as conversações de paz e acusou os países europeus de interferência, lamentando a falta de atenção às causas da invasão, iniciada em 2022.
"Do lado de Kiev, o processo está a ser artificialmente abrandado. Ninguém quer abordar a essência do conflito. Os europeus estão a interferir no assunto e não vão prestar atenção às causas subjacentes da crise, abrindo caminho para a discussão de formas de as resolver", argumentou o porta-voz presidencial russo.
Dmitri Peskov reiterou que "a Rússia continua aberta e pronta para o diálogo", bem como "interessada e disposta a resolver a crise ucraniana por meios políticos e diplomáticos".
Peskov insistiu que há uma pausa nas negociações, denunciando que "não há flexibilidade na posição ucraniana e nenhuma disposição por parte do regime de Kiev para realmente iniciar discussões sérias”.
"Estas reuniões e qualquer contacto ao mais alto nível devem ser bem preparados para que tal diálogo e os acontecimentos - que devem ocorrer antecipadamente, a nível de peritos - possam ser concretizados", concluiu Peskov.
A Rússia exige a desmilitarização e a rendição da Ucrânia, bem como a cessão das regiões ucranianas cuja anexação reivindicou, embora sem as controlar totalmente.
Por seu lado, Kiev considera estas condições inaceitáveis e exige garantias de segurança dos aliados ocidentais, por recear um novo ataque da Rússia, mesmo que fosse alcançado um acordo de paz.
A Rússia invadiu e anexou a Crimeia em 2014 e, desde a invasão de 2022, declarou como anexadas as regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia.
Moscovo e Kiev realizaram este ano três rondas de negociações diretas em Istambul, em maio, junho e julho, nas quais apenas concordaram com a troca de prisioneiros de guerra e de corpos de soldados.
Quanto ao resto, limitaram-se a apresentar as respetivas posições sobre qual devia ser a fórmula para resolver o conflito.
O Presidente russo, Vladimir Putin, endureceu ainda mais as posições desde a cimeira de meados de agosto com Trump no Alasca, após a qual recusou reunir-se com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Também recusou declarar um cessar-fogo e o envio de tropas ocidentais para a Ucrânia.
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