As detenções decorreram na região parisiense, no sul de França e na Suíça, no quadro de uma operação policial que investigava um grupo de discussão no sítio de troca de mensagens criptadas Telegram, frequentemente utilizada por extremistas islâmicos.
Segundo as fontes, na troca de mensagens surgiram "propostas inquietantes", pelo que a operação antiterrorista visou "precisar o contorno dos projectos que as alimentam".
Nove dos dez suspeitos, com idades entre os 18 e os 65 anos, maioritariamente conhecidos dos serviços de informação franceses, foram detidos no sul de França e nos arredores de Paris, com a décima suspeita, uma mulher colombiana de 23 anos, a ser interpelado na Suíça.
Fonte próxima da operação, citada pela agência France-Presse, referiu que dois irmãos que estavam a ser seguidos por causa de uma alegada radicalização islâmica foram detidos nos Alpes Marítimos (sudeste de França).
"As operações foram efectuadas em paralelo e em estreita colaboração entre as autoridades dos dois países", indicou, por seu lado, o Ministério Público da Confederação Helvética, em comunicado.
Até agora, c
O processo que levou à operação foi iniciado a 19 de Julho último em França através de uma "informação judiciária", que deu conta da possível existência de uma "associação de malfeitores terroristas e provocação directa para a realização de um ato de terrorismo através de um meio de comunicação dirigido aos leitores na Internet".
"As investigações permitiram identificar um indivíduo na Suíça que tinha uma actividade apoiada em particular pelas redes sociais (Telegram). Ficou evidente que, nesse quadro de contactos com indivíduos residentes em França, que eram evocados nomeadamente projectos de acções violentas com contornos mal definidos nessa fase", explicou uma fonte judiciária, citada pela AFP.
O homem, já visado por um processo na Suíça desde Junho de 2016, foi interpelado hoje em França e ainda esteve em contacto nas redes sociais com um adolescente de 13 anos, suspeito de preparar um ataque terrorista com uma faca.
Na operação de captura estiveram envolvidos agentes da Sub-direcção Antiterrorista (SDAT) e da Direcção Geral de Segurança Interna (DGSI, os serviços secretos), apoiados ainda por um corpo de elite da polícia, o RAID.
As detenções ocorreram no departamento de Val de Marne, a leste de Paris, bem como nas cidades de Menton e Aix-la-Provence, segundo o canal BFMTV, e enquadram-se na investigação judicial contra o terrorismo iniciada em maio.