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Nissan: Justiça nipónica nega libertação sob fiança de Carlos Ghosn

15 de janeiro de 2019 às 08:00
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Ex-presidente da Nissan foi detido em novembro por alegadamente ter falsificado relatórios financeiros que não reportavam os cerca de 38 milhões de euros que deveria receber ao longo de cinco anos.

O tribunal de Tóquio rejeitou esta terça-feira a libertação sob fiança de Carlos Ghosn, frustrando mais uma vez os pedidos dos advogados do ex-presidente da Nissan, detido há quase dois meses no Japão por alegada má conduta financeira.

De acordo com a emissora nipónica NHK, o tribunal considerou que havia um risco de destruição de provas.

Ghosn foi detido a 19 de novembro por alegadamente ter falsificado relatórios financeiros que não reportavam os cerca de 5 bilhões de ienes (38 milhões de euros) que deveria receber ao longo de cinco anos, até 2015, acordados com a Nissan.

Já na passada sexta-feira, o executivo de 64 anos foi acusado pelo Tribunal Distrital de Tóquio de quebra de confiança e de esconder rendimentos da autoridade tributária, entre 2015 e 2018.

Nesse dia, e presente pela primeira vez em tribunal, Ghosn afirmou ter sido "falsamente acusado", negando todas as acusações.

Durante a sessão de sexta-feira, o juiz já havia justificado a detenção prolongada de Ghosn com "risco de fuga e alteração das provas".

Os advogados ainda podem recorrer da decisão mas se a mesma for confirmada por um segundo juiz Carlos Ghosn permanecerá em prisão preventiva pelo menos até 10 de março.

A medida pode ser prorrogada a pedido do Ministério Público por períodos renováveis de um mês.