Sábado – Pense por si

Na linha da frente da Ucrânia fala-se português

Alfredo Leite, em Kherson
Alfredo Leite, em Kherson 09 de setembro de 2025 às 23:00

O apartamento de Diego, a 15 km da frente de guerra, é básico: o “roupeiro” é uma mochila e a “despensa” onde guarda latas de conserva e outros mantimentos é uma caixa de morteiros.

Após cada missão nas zonas mais próximas da frente de guerra na Ucrânia, Diego regressa à casa, onde mora sozinho, como se fosse invisível. Vive num rés-do-chão de um velho prédio, da era soviética, onde as cortinas verdes garantem a vida na sombra deste antigo militar português. Na cidade do sul da Ucrânia, o contacto com os vizinhos é praticamente inexistente. Não vai muito além de uns sorrisos quando se cruza com algumas mulheres idosas no jardim mal-amanhado do bairro decrépito onde todos vão alimentar os gatos vadios. O quotidiano de Diego, que aqui é “Marce Luka” (em homenagem ao histórico “comando” Marcelino da Mata e ao cão que deixou em Aveiro), já teve muitas outras rotinas.

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