O que Putin e Trump querem não é paz mas sim a rendição da Ucrânia
Nestes dias de peste já não digo nada, mas ainda tenho uma leve esperança de que o Prémio Nobel não vá para o traidor à Ucrânia e para o homem que incentiva Bibi, para fazer a sua Riviera no Médio Oriente, por cima de cadáveres “colaterais
Isto é tão obvio que vejo com ironia e espanto os malabarismos de comentadores televisivos que há meses eram todos pró-Ucrânia e agora são todos “realistas” e fazem o favor de também quererem a “paz” de Trump, ou seja, uma qualquer forma de rendição da Ucrânia. Já vi isto muitas vezes, quem tem força molda os de plasticina, que repetem a mesma lenga-lenga de Trump sobre o custo humano desta guerra que é preciso acabar “depressa”. Sim há enormes custos desta guerra, mas o valor destes custos são em primeiro lugar para os ucranianos, que convém nunca esquecer que são os “inocentes” face aos “culpados”. É uma linguagem a preto e branco? É. Há alturas em que é a única linguagem adequada sob pena de tornarmos iguais os invasores e os invadidos. Convém nunca esquecer que HOUVE UMA INVASÃO RUSSA DA UCRÂNIA, perpetrada por um criminoso de guerra que não pode ir a lado nenhum civilizado, que não tenha um ditador ou proto-ditador amigo, sem ser preso, que mata civis, tortura e rapta crianças para endoutrinação. E que não é a primeira vez que está a fazer isto, já o fez na Chechénia, na Geórgia, na Crimeia, sempre com o silêncio cúmplice “ocidental”
O que Putin e Trump querem não é paz mas sim a rendição da Ucrânia
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Não foi fácil, mas desvendamos-lhe os segredos do condomínio mais luxuoso de Portugal - o Costa Terra, em Melides. Conheça os candidatos autárquicos do Chega e ainda os últimos petiscos para aproveitar o calor.
Prepara-se o Governo para aprovar uma verdadeira contra-reforma, como têm denunciado alguns especialistas e o próprio Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, num parecer arrasador.
Imaginemos que Zelensky, entre a espada e a parede, aceitava ceder os territórios a troco de uma ilusão de segurança. Alguém acredita que a Rússia, depois de recompor o seu exército, ficaria saciada com a parcela da Ucrânia que lhe foi servida de bandeja?
No meio do imundo mundo onde estamos cada vez mais — certos dias, só com a cabeça de fora, a tentar respirar — há, por vezes, notícias que remetem para um outro instinto humano qualquer, bem mais benigno. Como se o lobo mau, bípede e sapiens, quisesse, por momentos, mostrar que também pode ser lobo bom.