O Bangladesh lançou o projeto da ilha em novembro de 2017. As críticas internacionais tinham levado ao cancelamento do projeto.
As autoridades do Bangladesh anunciaram hoje a transferência de 280 refugiados rohingya, que estavam no mar há semanas, para uma ilha remota perto da costa do país, onde já tinham sido instalados outros 30 no domingo.
"Um navio da Marinha capturou o barco (onde viajavam os refugiados), a cerca de 30 quilómetros ao sul da ilha de San Martin, com 280 pessoas a bordo", disse um oficial da Marinha que pediu à agência de notícias espanhola Efe para manter o anonimato.
"Fornecemos-lhes comida e bebida e estão a ser transferidos para a ilha de Bhasan Char", adiantou, confirmando que o barco foi localizado na noite de quarta-feira passada.
Bhasan Char é uma ilha desabitada para onde o Governo planeava transferir parte dos rohingya que estão nos campos de refugiados do sudeste de Bangladesh e, embora a iniciativa não tenha avançado, a ilha recebeu, desde domingo, 29 membros dessa minoria que tentou chegar à costa de Bangladesh por mar.
O Bangladesh lançou o projeto da ilha em novembro de 2017, após uma explosão de violência no Myanmar (antiga Birmânia), em agosto, que levou a que cerca de 738.000 rohingya se refugiassem no país vizinho.
Embora tenham sido construídos abrigos na ilha para cerca de 100.000 pessoas, as autoridades do Bangladesh cancelaram o plano em fevereiro, depois de muitas críticas internacionais.
Estes resgates acontecem duas semanas depois de dois barcos de pesca encalhados terem sido encontrados na Baía de Bengala, com quase 500 refugiados rohingya a bordo, depois de terem sido repelidos pela Guarda Costeira da Malásia.
Alguns dias antes, o Bangladesh resgatou outro grupo de 396 rohingya que estavam no mar há 58 dias, na sequência de uma decisão da Malásia que também os impediu de chegar à sua costa.
Em fevereiro, pelo menos 15 refugiados afogaram-se no mar quando o navio onde viajavam com destino à Malásia se afundou.
O Bangladesh rejeitou, entretanto, acolher mais refugiados, argumentando que poderiam espalhar o coronavírus nos campos sobrelotados, pelo que as Nações Unidas alertaram esta semana para a possibilidade de acontecer outra "crise de barcos" como a de 2015.
"Cinco anos após a 'crise dos barcos' de 2015, na Baía de Bengala e no mar de Andaman, na qual milhares de refugiados e migrantes em perigo tiveram de receber cuidados para salvar as suas vidas, ficamos alarmados com a possibilidade de uma nova tragédia semelhante", alertou a ONU numa declaração conjunta de várias agências, incluindo o Alto Comissariado para os Refugiados (ACNUR).
"Estamos profundamente preocupados com relatos de que barcos cheios de mulheres, homens e crianças vulneráveis estão novamente à deriva nas mesmas águas, incapazes de desembarcar e incapazes de obter comida, a água e os cuidados médicos de que precisam com urgência", concluiu.
Migrações: Bangladesh vai colocar mais 280 refugiados numa ilha remota
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