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Jovem austríaca morta à martelada por membros do EI

N.P.L. 26 de novembro de 2015 às 16:22

Segundo um jornal austríaco, a adolescente que fugiu para a Síria há um ano e meio estava a tentar fugir de Raqqa. A amiga que a acompanhou também está morta

Samra Kesinovic, a adolescente austríaca que há cerca de ano e meio deixou Viena para se juntar ao Estado Islâmico (EI) na Síria, terá sido morta a golpes de martelo, por ter tentado fugir dos fundamentalistas. A amiga, Sabina Selimovic, que a acompanhou na fuga, também terá morrido.Seduzidas pelos apelos dos extremistas islâmicos, as amigas, cujos pais são bósnios e se refugiaram na Áustria, nos anos 90, para fugir à guerra no seu país, tinham 16 e 14 anos quando desapareceram de casa dos pais, em Viena. Deixaram apenas uma nota: "Partimos para a Síria com o objectivo de combater pelo Islão. Reencontramo-nos no paraíso."A notícia de que estariam mortas foi dada pelo jornal austríaco Kronen Zeitung que afirma que a morte de Samra é recente e se deu na sequência de uma tentativa de fuga de Raqqa. A jovem terá sido morta à pancada por membros do EI que a golpearam com um martelo. Sabina terá morrido em combate ainda no ano passado.Até certa altura, as raparigas mantiveram contacto com Azra, uma amiga, através da Internet e de aplicações de conversação. Cinco meses depois da fuga, foi Azra que contou ao Paris Match que as duas estavam vivas e que estavam casadas com dois tchetchenos.Logo depois de chegarem à Síria as duas jovens protagonizaram várias campanhas de propaganda do EI. As duas apareciam vestidas de burqa e armadas. Porém, a certa altura algo terá mudado. Ainda no ano passado, a família de Samra recebeu uma carta em que a jovem dizia que estava cansada de violência e que queria regressar.Durante as conversas, conta Azra, que as amigas "pediam notícias dos pais. Tinham muito medo de acabar na prisão se voltassem e, acima de tudo, temiam que se falasse mal delas em Viena". Revelou também que os maridos das amigas "podiam bater-lhes, sequestrá-las" se soubessem que elas queriam deixar a Síria.Apesar de o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Áustria não confirmar a morte das duas jovens, há um outro dado que parece validar a informação, é que a Interpol retirou do seu site de pessoas procuradas os avisos relativos a Samra e a Sabina.

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