Presidente da Associação de Correspondentes da ONU fala em "desilusão"
Jornalistas que acompanham as actividades da ONU a partir da sede, em Nova Iorque, esperavam que o secretário-geral António Guterres, que ocupa o cargo há seis meses, fosse mais interventivo na cena internacional.
"A falta de visibilidade no seu novo cargo, protegendo-se da ribalta numa era marcada pelo barulho nacionalista e pela fanfarra política, tem sido uma desilusão para os jornalistas acreditados junto da ONU em Nova Iorque", disse àLusao presidente da Associação de Correspondentes da ONU, Sherwin Bryce-Pease.
O sul-africano, que trabalha como correspondente daSABC News, diz que "o secretário-geral chegou ao cargo com expectativas muito altas", sobretudo quando em comparação com o seu antecessor, Ban Ki-moon.
"Sendo alguém que fala em público com muita confiança, que domina os temas e que está confortável em frente à imprensa, distinguiu-se do seu antecessor, que tinha um estilo mais subtil e reservado", admite o presidente da Associação de Correspondentes.
Bryce-Pease diz, no entanto, que ele e os seus colegas percebem o contexto internacional, dominado pela retórica contra a ONU de Donald Trump e pela incapacidade do Conselho de Segurança chegar a acordo para acabar com o conflito na Síria.
"Reconhecemos que tem sido um período de transição marcado pelas sensibilidades da diplomacia internacional, mas Guterres ainda não encontrou um equilíbrio entre a discrição e a necessidade de assumir um papel mais activo", acredita o jornalista.
James Bays, um conhecido correspondente internacional que acompanhou os temas da ONU para a cadeia de televisão Al Jazeera nos últimos anos, disse àLusaque "Trump é, sem qualquer duvida, o motivo porque Guterres tem sido mais cauteloso e discreto do que tinha originalmente planeado".
"Ele tem de ter muita atenção a um presidente 'América Primeiro', que desconfia de todo o sistema internacional e que tem poder para causar danos reais na ONU", explica.
António Guterres, diz este jornalista, "está muito consciente de como a ONU é vista por alguns na Casa Branca" e deve continuar a faze-lo.
"Um membro senior da administração disse-me recentemente isto sobre o orçamento para a ONU: 'temos de o destruir'", lembra.
Apesar destas dificuldades, o jornalista diz que "Guterres venceu por causa da sua grande experiência e paixão" e que "muitos diplomatas continuam a acreditar que vai devolver à ONU a sua voz."
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