Durante o ano de 2015 houve registo de 109 trabalhadores humanitários mortos, 110 feridos e 68 raptados. Há cada vez menos apoios financeiros para mais vítimas de conflito
Mais de 130 milhões de pessoas precisam de assistência humanitária para sobreviver, mas há uma redução ao nível dos donativos, seja por parte dos particulares ou empresas, e das fontes de financiamento. A ajuda humanitária vive uma situação de "contra-senso", garante à SÁBADO o membro da direcção da Plataforma e secretário executivo da Cáritas Portugal, João Pereira: "aquilo que temos vindo a assistir nos últimos tempos é um aumento das necessidades de apoio humanitário e, ao mesmo tempo, um decréscimo de apoiosque, muitas vezes, coloca em risco a própria vida dos trabalhadores humanitários".Celebra-se esta sexta-feira, 19 de Agosto, o Dia Mundial da Ajuda Humanitária, uma data que tenta também lembrar os trabalhadores humanitários que morrem a tentar ajudar. Segundo dados das Nações Unidas, durante o ano de 2015 houve registo de 109 trabalhadores humanitários mortos, 110 feridos e 68 raptados. "É uma realidade cada vez mais comum. As pessoas que temos no terreno são as que correm mais riscos por todas as faltas de condições que podem haver", explica João Pereira. A Cáritas, revela, "tem pessoas na zona de conflito que correm risco de vida ao ajudarem na distribuição de água, cuidados médicos ou até mesmo apoio psicológico. Muitas vezes há uma tentativa de instrumentalização da ajuda humanitária".
Há cada vez menos recursos para mais pedidos de ajuda humanitária
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Só espero que, tal como aconteceu em 2019, os portugueses e as portuguesas punam severamente aqueles e aquelas que, cinicamente e com um total desrespeito pela dor e o sofrimento dos sobreviventes e dos familiares dos falecidos, assumem essas atitudes indignas e repulsivas.
Identificar todas as causas do grave acidente ocorrido no Ascensor da Glória, em Lisboa, na passada semana, é umas das melhores homenagens que podem ser feitas às vítimas.
O poder instituído terá ainda os seus devotos, mas o desastre na Calçada da Glória, terá reforçado, entretanto, a subversiva convicção de que, entre nós, lisboetas, demais compatriotas ou estrangeiros não têm nem como, nem em quem se fiar