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EUA: Tensão e confrontos verbais na discussão do novo plano de saúde

Comités da Câmara dos Representantes iniciaram o debate legislativo dos dois textos que compõem a proposta republicana para revogar a lei de cuidados de saúde criada em 2010 por Barack Obama

O debate no congresso dos EUA para alterar o sistema de saúde criado pelo ex-presidente Barack Obama, conhecido como "Obamacare", teve início esta quarta-feira com tensões e confrontos verbais entre republicanos e democratas.

Os dois comités da Câmara dos Representantes iniciaram o debate legislativo dos dois textos que compõem a proposta republicana para revogar a lei de cuidados de saúde criada em 2010 por Barack Obama e substitui-la por um novo plano. 

O "Obamacare" foi aprovado em 2010 pela maioria democrata e permitiu que mais de 20 milhões de norte-americanos conseguissem aceder a um seguro de saúde.  Os republicanos, agora no poder na Casa Branca e no Congresso, tentam há anos revogar a reforma aprovada pelos democratas.

Durante o debate, os democratas acusaram os republicanos de estarem a apressar o processo no Congresso para impedir que as suas propostas sejam devidamente revistas pelos legisladores.

Durante as reuniões dos dois comités, os congressistas protagonizaram duras trocas de acusações durante o debate, tendo os democratas apresentado centenas de alterações com o objectivo de dificultar o processo.

Apesar das alterações ao projecto de lei dos republicanos não produzirem efeitos, uma vez que não têm a maioria no congresso, os democratas estão a usar estratégias jurídicas para atrasar o processo e exigem, por exemplo, que os textos sejam lidos na íntegra durante as reuniões dos comités.

O presidente de um dos comités e um dos impulsionadores do novo plano, Kevin Brady, afirmou que a lei Obama "está a entrar em colapso", sublinhando que "o alívio está a caminho". "O início do debate de hoje é fundamental para proporcionar a todos os norte-americanos cuidados acessíveis e é centrado no paciente, adaptando-se às suas necessidades", disse Kevin Brady.

Por sua vez, os democratas destacaram que o actual sistema de saúde proporcionou a mais de 20 milhões de norte-americanos acesso aos cuidados de saúde e criticaram duramente a proposta dos republicanos, que prevê um corte nas ajudas aos mais pobres.

Enquanto a liderança e a Casa Branca têm apoiado o projecto, o grupo parlamentar não está unido em torno desta proposta, tendo os ultra-conservadores e os moderados já manifestado reservas.

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