NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Para que não lhe escape nada, todos os meses o Diretor da SÁBADO faz um resumo sobre o que de melhor aconteceu no mês anterior.
O encontro entre Trump e Putin foi hoje confirmado por Washington e Moscovo, tendo o conselheiro presidencial russo, Yuri Ushakov, adiantado que deverá acontecer na próxima semana.
O Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou hoje que os Emirados Árabes Unidos são um possível local para o encontro com o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, que visa discutir a guerra na Ucrânia.
Donald Trump e Vladimir Putin vão encontrar-se para a semana para discutir a guerra na UcrâniaASSOCIATED PRESS
Putin admitiu esta hipótese em declarações no Kremlin (presidência russa) após um encontro com o xeque Mohammed bin Zayed Al Nahyan, Presidente dos Emirados Árabes Unidos.
O encontro entre Trump e Putin foi hoje confirmado por Washington e Moscovo, tendo o conselheiro presidencial russo, Yuri Ushakov, adiantado que deverá acontecer na próxima semana e que as duas partes já concordaram em princípio sobre o local da reunião.
A reunião foi acordada na véspera do término do prazo que Trump deu à Rússia para suspender a sua ofensiva na Ucrânia e mostrar iniciativa para negociar o fim do conflito. Caso isso não acontecesse, Washington ameaçou Moscovo com novas e pesadas sanções.
O Kremlin afastou, no entanto, a possibilidade de o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, participar no encontro, algo que a Casa Branca (presidência norte-americana) tinha dito que Trump estava pronto a considerar.
Segundo Putin, as condições para uma reunião com Zelensky não estão satisfeitas.
“Propomos que, primeiro, nos foquemos na preparação de uma reunião bilateral com Trump. Consideramos extremamente importante que esta reunião seja bem-sucedida e produtiva”, disse Ushakov, acrescentando que a sugestão do enviado especial dos Estados Unidos (EUA), Steve Witkoff, para uma cimeira que inclua o líder ucraniano “não foi especificamente discutida”.
O encontro será a primeira cimeira EUA-Rússia desde 2021, quando o ex-presidente norte-americano Joe Biden se reuniu com Putin em Genebra, Suíça.
A realizar-se, a reunião constituirá um marco significativo nos esforços de Trump para pôr fim à guerra, embora não haja garantia de que parem os combates, uma vez que Moscovo e Kiev continuam muito distantes nas suas condições para a paz.
As autoridades ocidentais têm acusado Putin, repetidamente, de ganhar tempo nas conversações de paz para dar tempo às forças russas de capturarem mais território ucraniano. Putin não ofereceu concessões anteriormente e só aceitará um acordo nos seus próprios termos.
Um encontro entre Putin e Trump sobre a guerra significa também um afastamento da política da administração Biden de “nada sobre a Ucrânia sem a Ucrânia” — uma exigência fundamental para Kiev.
No início do seu segundo mandato presidencial, Trump foi conciliador com Putin, por quem há muito demonstra admiração, e chegou a repetir alguns dos seus pontos de vista sobre a guerra.
Mas recentemente manifestou crescente exasperação com o líder russo, criticando-o pela sua postura inflexível em relação aos esforços de paz liderados pelos EUA, e chegando mesmo a ameaçar Moscovo com novas sanções.
Entretanto, Zelensky pediu hoje aos líderes europeus que se envolvam nas negociações sobre a guerra na Ucrânia, lembrando que o país faz parte do continente europeu.
“A Ucrânia não tem medo das reuniões e espera a mesma abordagem ousada do lado russo. É tempo de acabar com a guerra”, afirmou.
Garantir uma trégua, decidir o formato de uma cimeira trilateral e fornecer garantias para a proteção futura da Ucrânia contra invasões — uma consideração que deve envolver os EUA e a Europa — são aspetos cruciais a abordar, defendeu o líder ucraniano.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Encontro de Putin com Trump poderá realizar-se nos Emirados Árabes Unidos
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.