Secções
Entrar

Zelensky garante estar pronto para realizar eleições após críticas de Donald Trump

Lusa 10 de dezembro de 2025 às 07:31

Presidente dos Estados Unidos acusou o líder ucraniano de usar a guerra para não ir a votos.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, garantiu terça-feira que está pronto para realizar eleições presidenciais na Ucrânia, em resposta às críticas do homólogo norte-americano Donald Trump, mas pediu aos seus aliados que garantam a segurança do processo.
Trump e Zelensky reunem-se para discutir resiliência energética e mísseis DR
"Estou pronto para as eleições", frisou o chefe de Estado ucraniano aos jornalistas. O Presidente norte-americano declarou em entrevista ao site Politico, que a Ucrânia, que "perdeu muito território", deveria realizar eleições, acusando Kiev de "usar a guerra" para evitar fazê-lo. "Estou a pedir agora, e afirmo-o abertamente, que os Estados Unidos me ajudem, possivelmente com os meus homólogos europeus, a garantir a segurança para a realização das eleições", apontou Zelensky. A lei marcial, em vigor desde o início da grande ofensiva russa contra a Ucrânia, em fevereiro de 2022, proíbe a realização de eleições nestas circunstâncias. A Ucrânia enfrenta bombardeamentos russos quase diários que afetam todo o seu território, e centenas de milhares de ucranianos combatem na linha da frente. Zelensky referiu que pediu aos membros do Parlamento que preparassem "propostas sobre a possibilidade de alterar (...) a legislação sobre as eleições ao abrigo da lei marcial". "Este é um comportamento corajoso e democrático, e uma resistência à guerra", frisou, por sua vez, a ministra delegada de França no Ministério da Defesa, Alice Rufo. "Sabemos muito bem que a Rússia irá inevitavelmente interferir nestas eleições de alguma forma. É importante lembrar a todos que o seu país é uma democracia e que está preparada para fazer muito para servir a sua nação. Tem também uma boa razão para exigir que a segurança destas eleições seja garantida", salientou, em entrevista no canal de televisão francês LCI.. O Presidente ucraniano confirmou ainda que a proposta inicial norte-americana para o fim do conflito estava dividida em três documentos: um acordo-quadro de 20 pontos, um documento sobre garantias de segurança e outro sobre a reconstrução da Ucrânia após a guerra. "São três, é verdade. Estamos a discuti-los com os americanos e já iniciámos conversações com os europeus", destacou Zelensky, sublinhando que esperava apresentar uma versão atualizada aos Estados Unidos na quarta-feira. Reconheceu também que a possibilidade de a Ucrânia aderir à NATO estava a diminuir. "Somos realistas, queremos realmente estar na NATO. Na minha opinião, seria o correto. Mas sabemos com certeza que nem os Estados Unidos, nem alguns outros países, para ser honesto, veem a Ucrânia na NATO neste momento", admitiu Zelensky aos jornalistas.
Artigos Relacionados
Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela