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Venezuela: Maduro diz ter derrotado "complot da direita" que queria guerra civil

02 de maio de 2019 às 07:35

O presidente venezuelano indica que os grupos de militares que declararam apoiar Juan Guaidó "ficaram sozinhos" e que "mais cedo do que tarde irão para a cadeia".

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse esta quarta-feira ter derrotado um novo "'complot' da direita" que pretendia levar o país a uma guerra civil para controlar o poder, sublinhando que os golpistas "ficaram sozinhos".

"Que a justiça faça a sua pátria. Não me tremerá o pulso, quando a justiça capturar e prender os responsáveis (...) Eu jurei respeitar e fazer respeitar a Constituição e as leis e o direito à paz e à democracia de todo o povo da Venezuela", disse.

Nicolás Maduro falava em Caracas, para milhares de simpatizantes que hoje marcharam até ao palácio presidencial de Miraflores, para celebrar o Dia Internacional do Trabalhador e apoiar o Chefe de Estado.

"Se alguém pretender, usando as armas, entregar a pátria ao imperialismo (...), não duvidem em sair às ruas para defender a pátria, a democracia e a liberdade", frisou.

Fazendo alusão ao grupo de militares que, na terça-feira, declararam apoiar o autoproclamado Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, Nicolás Maduro insistiu que os "golpistas" ficaram sozinhos.

"Estão fugindo, entre embaixada e embaixada. A Justiça procurando-os para que paguem os seus delitos, e mais cedo do que tarde irão para a cadeia", disse.

Nicolás Maduro acusou os líderes opositores Juan Guaidó e Leopoldo López de, em coordenação com o conselheiro de Segurança dos Estados Unidos, John Bolton, prepararem e dirigirem o movimento golpista que pretendia "usar as armas da República contra a própria República".

Segundo o Presidente da Venezuela, a oposição "não entende o povo humilde" da Venezuela e não percebe que "há uma poderosa união cívico militar que não trairá a história nem o legado de Hugo Chávez", que presidiu o país de 1999 a 2013.

Nicolás Maduro acusou a oposição de, além de enganar os venezuelanos e o "império norte-americano", "fazer acreditar" que abandonaria o poder e iria para Cuba, mas que teria sido impedido pelos russos.

Por outro lado, frisou que "só o povo [através dos votos] põe e tira um presidente".

Maduro questionou o que teria acontecido se, na terça-feira, tivesse enviado tanques das forças especiais: "Iríamos a uma luta armada, a uma guerra civil", afirmou.

Teria acontecido "um massacre entre venezuelanos", prosseguiu. "Teria havido morte entre venezuelanos e, em Washington, teriam celebrado e ordenado uma invasão militar, para ocupar a pátria de Bolívar. Isso é o que buscavam", frisou.

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