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Veleiro onde segue Greta Thunberg já chegou a Israel, escoltado por militares

Diogo Barreto 09 de junho de 2025 às 19:24

Durante algumas horas os ativistas a bordo do Medleen estiveram incontactáveis.

O veleiro "Madleen", em que seguia Greta Thunberg, chegou esta segunda-feira a um porto em Israel, após ter sido apreendido por militares israelitas de manhã quando tentava chegar à Faixa de Gaza com ajuda humanitária e 12 ativistas pró-palestinianos a bordo. O veleiro chegou ao porto de Ashdod ao anoitecer, por volta das 20:45 locais (16:45 em Lisboa), segundo a agência France-Presse (AFP), escoltado por dois navios israelitas.

AP Photo/Salvatore Cavalli

O governo israelita garantiu que ia impedir a chegada do barco de ativistas, no qual segue a ativista pelo clima Greta Thunberg, à Faixa de Gaza, tendo enviado navios militares para impedirem que o barco chegasse a Gaza.

Anteriormente, a organização Flotilha da Liberdade, que organizou a viagem, pediu pressão internacional para confrontar Israel com a sua abordagem ao veleiro humanitário "Madleen" e detenção da sua tripulação de 12 pessoas, incluindo a eurodeputada Rima Hassan e a ativista climática sueca Greta Thunberg.

"Já passaram 15 horas desde que vimos ou ouvimos falar dos nossos amigos e colegas. Não nos foi permitido qualquer contacto", afirmou o grupo pró-palestiniano em comunicado, indicando que o "Madleen" transportava seis voluntários franceses, um neerlandês, um turco, uma sueca, um brasileiro, uma alemã e um espanhol.

O grupo expressou a sua gratidão "a todos aqueles que lutam" pela sua equipa, embora sublinhe que a tripulação do "Madleen", devido ao privilégio dos seus passaportes, "provavelmente não será submetida à tortura horrível" que os "palestinianos enfrentam diariamente, alguns deles presos ilegalmente há décadas".

O ministro da Defesa, Israel Katz, disse que o país não irá permitir que ninguém quebre o bloqueio naval ao território palestiniano, imposto para impedir o Hamas de importar armamento, avança a agência noticiosa Associated Press. "À Greta antissemita e aos companheiros de propaganda do Hamas: vou dizer claramente: Vocês deviam voltar para trás, porque não conseguirão chegar a Gaza", informou o ministro num comunicado, emitido este domingo.

O "Madleen", um veleiro da Coligação da Flotilha da Liberdade (FFC, na sigla em inglês), partiu de Sicília, Itália, no domingo passado, numa missão que visa combater o bloqueio marítimo a Gaza que impede a entrega de ajuda humanitária. Num comunicado publicado em Londres, o Comité Internacional para Romper o Cerco a Gaza, uma organização que integra a FFC, informou que a embarcação tinha entrado em águas do Egito, vizinho da Faixa de Gaza, este sábado.

Os ativistas planeavam entrar em território marítimo palestiniano este domingo, mas as autoridades israelitas querem impedir esta chegada. O Madleen transporta "sumos de fruta, leite, arroz, conservas, barras de proteínas oferecidas por centenas de cidadãos de Catânia", escreveu o jornalista Andrea Legni, que está a bordo.

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