Secções
Entrar

"Valeu a pena o risco para ver o Titanic." Youtuber partilhou a sua viagem no submersível

Débora Calheiros Lourenço 24 de junho de 2023 às 15:07

A sua primeira tentativa para ver o Titanic ocorreu em 2021 mas não teve sucesso, porque o submersível perdeu o contacto com o navio de apoio de superfície, e a viagem acabou cancelada. Um ano mais tarde acabou por conseguir.

Alan Estrada é um youtuber e ator mexicano que em 2022 esteve no submersível Titan e fez a mesma expedição ao Titanic, que agoraacabou por vitimar cinco pessoas. Esta foi a primeira vez que o aparelho conseguiu transportar passageiros até aos destroços.

Instagram

Alan ao redor do mundo, como se chama o seu canal no YouTube, garante que "valeu a pena o risco". O youtuber descobriu as excursões ao Titanic durante a pandemia, altura em que começou a procurar patrocinadores para pagar os 114 mil euros (um valor que já duplicou). A sua primeira tentativa para ver o Titanic aconteceu em 2021 mas não teve sucesso uma vez que a missão foi abortada após o submersível ter perdido o contacto com o navio de apoio de superfície, ainda durante o período de testes.

No seucanal o youtuberrelatou todos os detalhes da experiência. Antes de entrar no Titan, passou por San Juan de Terranova, no Canadá, onde embarcou no Horizon Artic para depois ser transferido para o submersível. Numa explicação do funcionamento do submersível o líder da expedição, fundador e CEO da OpenGates, Stockton Rush, explicou-lhe: "Se o sistema falhar, se houver uma falha elétrica completa e não conseguir ativar a subida existe um cilindro hidráulico que vai na cabine e tem uma válvula manual".

Estrada acabou por voltar um ano mais tarde e cumpriu a exploração.

Alan explicou, nos seus vídeos, a forma como os dispositivos de controlo que pilotavam o Titan funcionavam como os dos videojogos e que o sistema era "muito fácil de manusear". Refere ainda várias vezes que a expedição é um projeto experimental pelo que tem muito por melhorar. Não sabia se a missão ia ser bem-sucedida mas agora garante: "Nunca me senti inseguro. Tinha plena consciência dos riscos e sabia que se algo acontecesse, se houvesse uma falha naquelas profundezas e o submersível implodisse provavelmente nem perceberíamos". Alan teve de assinar um documento em como se responsabilizava pelos riscos que correu.

A exploração ao Titanic começava com uma descida de duas horas, até aos quatro mil metros de profundidade, de seguida o submersível tinha quatro horas para procurar o Titanic e observá-lo antes de começar a subida, que também demorava duas horas.

Artigos Relacionados
Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela