Secções
Entrar

UE aprova nono pacote de sanções à Rússia que restringe venda de ‘drones’

Lusa 15 de dezembro de 2022 às 21:58

A aprovação foi feita numa reunião dos embaixadores dos Estados-membros, à margem de um Conselho Europeu em Bruxelas.

O Conselho da União Europeia (UE) aprovou esta quinta-feira um nono pacote de sanções à Rússia pela invasão da Ucrânia, que inclui medidas restritivas para mais 200 indivíduos e entidades e restrições no acesso das forças russas a 'drones'.

REUTERS/Leah Millis

"Os embaixadores chegaram a um acordo de princípio sobre um pacote de sanções contra a Rússia como parte do apoio contínuo da UE à Ucrânia", anunciou na rede social Twitter a presidência checa do Conselho.

Neste que é o nono pacote de sanções à Rússia e o terceiro negociado pela presidência checa da UE, "deverá ser confirmado amanhã através de procedimento escrito", adianta Praga.

A aprovação foi feita numa reunião dos embaixadores dos Estados-membros, à margem de um Conselho Europeu em Bruxelas.

Com a adoção deste nono pacote de sanções, serão incluídos mais 200 indivíduos e entidades, incluindo as Forças Armadas, assim como empresas de Defesa ligadas ao Kremlin (Presidência russa), membros do Parlamento russo e do Conselho da Federação, ministros, governadores e partidos políticos.

Ao mesmo tempo, está prevista uma proibição à exportação de ‘drones’ (aparelhos aéreos não tripulados) para a Rússia ou para países terceiros que possam ter relações comerciais com Moscovo, incluindo o Irão, que tem sido acusado de fornecer este tipo de aeronaves às forças russas na Ucrânia.

Além disso, a UE quer impor novos controlos e restrições à exportação, particularmente para os bens de dupla utilização, como produtos químicos e componentes eletrónicos e informáticos.

Um total de 1.241 indivíduos e 118 entidades estão abrangidos na lista de sanções da UE, que abrangem congelamento de bens e proibição de viajar.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.702 civis mortos e 10.479 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Artigos Relacionados
Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela