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Pequim pede que as embaixadas estrangeiras removam "propaganda politizada"

Débora Calheiros Lourenço 18 de maio de 2023 às 19:40

Vários diplomatas estão a interpretar o pedido como uma referência às bandeiras ucranianas que muitas representações escolheram colocar nas fachadas desde o início da invasão russa.

Foi solicitado que as embaixadas estrangeiras localizadas em Pequim, China, removam a "propaganda politizada" dos seus prédios, o que está a ser interpretado como uma referência às bandeiras ucranianas que muitas representações escolheram colocar nas fachadas desde o início da invasão à Ucrânia.

REUTERS/Fabrizio Bensch

AReutersavança que as embaixadas receberam uma comunicação do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, no dia 10 de maio, onde é pedido: "Não use as paredes externas das instalações do prédio para exibir propaganda politizada para evitar incitar disputas entre países".

Quatro dos diplomatas que se encontram na cidade falaram com a agência de notícias e admitiram que consideram que a "propaganda politizada" a que o Ministério dos Negócios Estrangeiros se refere são as bandeiras ucranianas. Um dos diplomatas garantiu que não pretende aceder ao pedido.

Reino Unido, Canadá, Estados Unidos e União Europeia são algumas das embaixadas que colocaram a bandeira ucraniana na fachada dos seus edifícios como uma demonstração de solidariedade.

É comum que as embaixadas exponham nas suas fachadas bandeiras e outros símbolos de apoio a países ou orgulho, como a bandeira LGBT.

A guerra na Ucrânia começou após a invasão russa, a 24 de fevereiro de 2022, desde então a maior parte dos países ocidentais têm condenado essa ação. Existem outros países que optaram por não o fazer, incluindo a China que é conhecida como sendo um dos aliados mais próximos e poderosos de Vladimir Putin.

O presidente chinês, Xi Jinping, tem-se tentado posicionar como um mediador do conflito, no entanto os países do ocidente não têm considerado a sua intenção verdadeira uma vez que se tem negado a condenar a invasão e, em março, fez uma visita a Moscovo, durante a qual elogiou "a forte liderança" com Putin.

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