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Papa apela à cooperação internacional na imigração

10 de junho de 2017 às 17:57

O papa Francisco disse ser "urgente e essencial que se desenvolva uma cooperação internacional abrangente e eficaz" em matéria de imigração


O papa Francisco disse hoje que é "urgente e essencial que se desenvolva uma cooperação internacional abrangente e eficaz" em matéria de imigração, no seu discurso durante uma visita que fez ao Chefe de Estado italiano, Sergio Mattarella.

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O pontífice aproveitou a presença das autoridades transalpinas no Salão de Honra do Palácio Quirinal, sede da Presidência da República Italiana, para agradecer ao país pela "hospitalidade para com os muitos refugiados que aportam às costas" italianas.

Francisco reconheceu que alguns países não podem assumir plenamente a chegada e integração dos imigrantes, salientando que é "essencial e urgente que se desenvolva uma ampla e eficaz cooperação internacional".

O líder da Igreja Católica deslocou-se hoje ao Palácio do Quirinal, onde se reuniu com o Presidente Sergio Mattarela, naquela que é a sua segunda visita oficial à Itália, depois da que efectuou, em 2013, quando era Presidente Giorgio Napolitano, noticiou a agência EFE.

No início do seu discurso, o papa disse que os riscos e problemas que tanto a Itália como a Europa enfrentam são o terrorismo, o fenómeno migratório e o desemprego.

"Vivemos uma época em que Itália e a Europa, como um todo, são chamadas a enfrentar diferentes problemas e riscos, tais como o terrorismo internacional, que se alimenta no fundamentalismo, o fenómeno da migração, o aumento da guerra e graves desequilíbrios sociais e económicos que persistem em muitas regiões do mundo", disse.

Nesta visita, o papa, que é por inerência bispo de Roma, cumprimentou dezenas de crianças provenientes de áreas do centro da Itália, onde se registaram, recentemente, sismos.

No seu discurso, referiu "a dificuldade da geração mais jovem" para ter "um trabalho estável e decente, o que ajuda a aumentar a desconfiança no futuro e o nascimento de novas famílias e crianças."

"O emprego estável e uma política activa em favor da família (...) são os dois pilares que sustentam a casa comum para enfrentar o futuro com um espírito não resignado nem com medo, mas criativo e confiante", afirmou o pontífice.

Francisco deslocou-se na sua viatura habitual, um Ford Focus, mas desta vez, ao contrário de sua primeira visita, foi escoltado pelos guardas "Corazzieri", a guarda de honra do Palácio Quirinale.

Além da reunião com o Presidente Mattarella, e os discursos no Salão Nobre, o papa meditou na capela da Anunciação, e cumprimentou cerca de 200 crianças nos jardins do Quirinal.

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