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ONU diz que precisa mais dinheiro para enfrentar consequências humanitárias da Covid-19

17 de julho de 2020 às 14:40

No início deste ano, as agências humanitárias do sistema da ONU prestavam assistência a cerca de 110 milhões de pessoas.

A ONU aumentou hoje para 10,3 mil milhões de dólares (cerca de nove mil milhões de euros) o valor do financiamento necessário para responder às consequências humanitárias, à escala global, da atual pandemia do novo coronavírus.

"O número de pessoas no mundo que precisam de ajuda humanitária mais do que duplicou devido à pandemia da (doença) covid-19 e aos efeitos do bloqueio global das economias e das sociedades", afirmou hoje em Genebra (Suíça) o porta-voz do Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês), Jens Laerke.

No início deste ano, as agências humanitárias do sistema da ONU prestavam assistência a cerca de 110 milhões de pessoas, segundo referiu o representante.

Agora, e perante o atual contexto, estas agências precisam de ajudar cerca de 250 milhões de pessoas em 63 países.

Nas mesmas declarações em Genebra, Jens Laerke lembrou que a ONU pediu inicialmente, em março passado, dois mil milhões de dólares (1,75 mil milhões de euros) para responder de imediato às consequências da pandemia.

O apelo da ONU para a angariação de fundos junto da comunidade internacional seria atualizado em maio, tendo sido então aumentado para 6,7 mil milhões de dólares (5,8 mil milhões de euros).

Jens Laerke referiu que este apelo de fundos pretende cobrir o fornecimento de serviços de saúde básicos, mas, segundo precisou, a maior fatia será direcionada para carências não relacionadas com cuidados médicos, nomeadamente comida, água, saneamento e abrigos.

"Estamos a assistir a um enorme aumento do número de pessoas com fome, que poderão ser cerca de 270 milhões até ao final do ano", concluiu o representante.

Até ao momento, e do montante solicitado, a ONU recebeu 1,7 mil milhões de dólares (cerca de 1,4 mil milhões de euros).

Desde que o novo coronavírus foi detetado na China, em dezembro do ano passado, a pandemia da doença covid-19 já provocou pelo menos 590 mil mortos e mais de 13,8 milhões de infetados em todo o mundo, segundo o balanço mais recente feito pela agência France-Presse (AFP).

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