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Ministro dinamarquês demite-se devido ao caso do abate de visons

18 de novembro de 2020 às 12:40

Mogens Jensen teve de admitir que a ordem do Governo de matar todos os visons na Dinamarca não tinha base legal, provocando uma avalancha de críticas, que culminaram na sua renúncia ao cargo de ministro da Agricultura.

O ministro da Agricultura da Dinamarca, Mogens Jensen, anunciou hoje a renúncia ao cargo, depois de ter sido criticado pela gestão da crise provocada pela descoberta de uma mutação do novo coronavírus em visons.

Em 04 de novembro, a Dinamarca ordenou a eliminação de todos os visons existentes no país – entre 15 e 17 milhões de animais – após a descoberta de uma mutação do novo coronavírus transmissível ao ser humano por esses mamíferos.

A mutação já infetou mais de 200 pessoas na Dinamarca e poderia, segundo o Governo dinamarquês, comprometer a eficácia de uma futura vacina.

Na semana passada, Mogens Jensen teve de admitir que a ordem do Governo de matar todos os visons na Dinamarca não tinha base legal, provocando uma avalancha de críticas de vários quadrantes políticos e sociais, que culminaram hoje na sua renúncia ao cargo de ministro da Agricultura.

"Informei hoje o primeiro-ministro que quero renunciar ao Governo", disse Jensen, 57 anos, depois de os partidos de esquerda que apoiam o Governo social-democrata terem anunciado que deixavam de confiar no ministro da Agricultura.

"É perfeitamente claro que houve erros cometidos dentro do meu Ministério. Assumo a responsabilidade por eles", tinha reconhecido Jensen, na semana passada, quando foi divulgada uma auditoria sobre o abate dos animais.

A Dinamarca é o maior fornecedor mundial de pele de vison, respondendo por 40% da produção global, tendo a China e o território de Hong Kong como os principais mercados de exportação.

Na Dinamarca existem 1.139 quintas de criadores de visons, empregando cerca de 6.000 pessoas, que agora admitem que o abate massivo destes animais acabará com este negócio.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.339.130 mortos resultantes de mais de 55,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 3.553 pessoas dos 230.124 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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