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Israel: Ministro das Finanças israelita prioriza destruição do Hamas à libertação dos reféns

Lusa 20 de fevereiro de 2024 às 23:08

O ministro israelita afirmou que conseguir a libertação dos reféns "é muito importante", mas sublinhou que procurar esse fim "a qualquer preço" é um "problema".

O ministro das Finanças de Israel afirmou esta terça-feira que a libertação dos reféns raptados pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) "não é o mais importante" e que o desmantelamento total da milícia palestiniana deve ser a prioridade.

REUTERS/Ronen Zvulun

Numa entrevista à estação de rádio Kan, o ultranacionalista Bezalel Smotrich, questionado sobre se a libertação dos reféns deveria ser uma prioridade, afirmou que esta questão "não é a mais importante". 

"Porquê fazer uma competição? O que é importante agora? O Hamas tem de ser destruído", afirmou.

O ministro israelita afirmou que conseguir a libertação dos reféns "é muito importante", mas sublinhou que procurar esse fim "a qualquer preço" é um "problema".

"Os reféns devem ser devolvidos, mas é necessário exercer pressão sobre o Hamas", afirmou Smotrich.

Após estas polémicas declarações, Smotrich lançou uma publicação nas redes sociais em que esclarece que "só destruindo o Hamas e ganhando a guerra" se poderá "devolver todos os reféns".

Nesse sentido, insistiu na ideia de destruir o Hamas a um hipotético acordo com a milícia em troca da libertação dos sequestrados.

"Os que apelam a um acordo a qualquer preço conduzirão à derrota de Israel na guerra e eliminarão também a possibilidade de os reféns regressarem a casa", afirmou Smotrich, que exortou os opositores e os membros do gabinete de guerra a porem de lado "a política mesquinha e insensata".

No início de outubro passado, o Hamas lançou uma série de ataques em território israelita que causaram cerca de 1.200 mortos, com os milicianos a capturarem pelo menos 240 reféns, 100 deles já libertados. 

Por seu lado, o exército israelita lançou uma campanha militar na Faixa de Gaza contra as estruturas das milícias palestinianas.

Segundo as autoridades da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, o número de mortos na sequência da ofensiva israelita ascende atualmente a quase 30.000, na sua maioria mulheres e crianças.

As autoridades israelitas afirmam que mais de 12.000 membros do Hamas foram mortos nos ataques contra o enclave palestiniano.

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