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Irão acusa Israel de provocar explosão de 'pagers' no Líbano e Síria

Lusa 18 de setembro de 2024 às 10:59

Na terça-feira, a televisão estatal anunciou que o embaixador iraniano em Beirute, Mojtaba Amani, tinha sido ferido numa explosão de um 'pager'.

O Irão acusou esta quarta-feira Israel de "assassínio em massa",um dia depois da explosão simultâneaem todo o Líbano de dispositivos de mensagens utilizados pelo Hezbollah, indica um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Teerão.

REUTERS/Mohamed Azakir

"(O Irão) condena veementemente o ato terrorista do regime sionista (Israel) no Líbano, que tem como alvo cidadãos libaneses, como um assassínio em massa", refere o comunicado do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Nasser Kanani,

O Hezbollah (Partido de Deus) é encarado pelo Irão como "eixo de resistência" contra Israel, inimigo da República Islâmica.

Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, desencadeada por um ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano em solo israelita, a 7 de outubro do ano passado, o Hezbollah e o Exército israelita têm estado envolvidos em atos de guerra, quase diariamente, na fronteira israelo-libanesa.

"A comunidade internacional deve atuar rapidamente para contrariar a impunidade das autoridades criminosas sionistas", acrescentou Kanani.

Na terça-feira, a televisão estatal anunciou que o embaixador iraniano em Beirute, Mojtaba Amani, tinha sido ferido numa explosão de um 'pager' (recetor eletrónico de mensagens escritas).

A agência noticiosa Tasnim, de Teerão, afirmou que o diplomata "sofreu ferimentos na mão e no rosto" e que o aparelho que explodiu pertencia a "um dos guarda-costas". Hoje, a embaixada iraniana em Beirute desmentiu através de mensagens nas redes sociais "rumores sobre a condição física e problemas de visão" do embaixador, acrescentando que o tratamento dos ferimentos estava a progredir favoravelmente.

O chefe do Crescente Vermelho iraniano, Pirhossein Kolivand, anunciou hoje que a organização tinha enviado "equipas de salvamento e cirurgiões oftalmológicos" para o Líbano para tratar os feridos. "Se necessário, estamos prontos para transferir os feridos graves para o Irão", acrescentou, citado pela agência oficial Irna.

As explosões dos equipamentos de receção de mensagens fizeram nove mortes e mais de dois mil feridos no Líbano e na Síria.

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