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Incêndios: Grécia pediu ajuda europeia para combater fogos no país

Lusa 27 de julho de 2025 às 12:08

"Vêm aí tempos difíceis", o porta-voz do Departamento de Bombeiros, Vasilis Vathrakoyannis, após indicar que as condições climáticas, marcadas por altas temperaturas, seca e ventos fortes, continuarão nos próximos dias.

As autoridades gregas solicitaram ajuda europeia, através do mecanismo RescEU, para combater os incêndios florestais que estão a afetar várias zonas do país e que obrigaram à retirada de pelo menos cinco mil pessoas nos arredores da capital, Atenas.

Ridvan Bostanci/IHA via AP

Dois aviões italianos são esperados hoje, enquanto unidades especializadas neste domínio da República Checa já estão em ação.

O porta-voz do Departamento de Bombeiros, Vasilis Vathrakoyannis explicou, numa sessão de esclarecimentos, que solicitaram seis aeronaves, devido ao facto de "os incêndios dos últimos dias terem adquirido grandes proporções e serem perigosos".

"Vêm aí tempos difíceis", alertou, após indicar que as condições climáticas, marcadas por altas temperaturas, seca e ventos fortes, continuarão nos próximos dias, segundo o jornal "Kathmerini".

Por sua vez, o primeiro-ministro da Grécia, Kyriakos Mitsotakis, explicou hoje, através de um comunicado publicado no seu perfil na rede social Facebook, que "está a ser travada uma luta titânica" para "enfrentar dezenas de incêndios em todo o país", depois de, na véspera, a Grécia ter sido colocada no nível de risco 5.

"O panorama atual é melhor e a luta continua com todos os meios disponíveis", afirmou o primeiro-ministro, antes de agradecer aos serviços de emergência pelo seu trabalho: "Graças à ativação oportuna do 112 e à mobilização de todas as forças disponíveis, evitou-se o pior e salvaram-se vidas".

Acrescentou que o Estado apoiará aqueles que viram as suas propriedades destruídas.

No sábado, a 30 quilómetros a norte de Atenas, um incêndio alastrou, causando danos e destruição antes de ser controlado.

"O vento estava muito forte. O incêndio cercou-nos", explicou à agência AFP Petros Avramopoulos, um contabilista.

Na ilha de Eubeia, perto da capital, as chamas reduziram a cinzas milhares de hectares de floresta e milhares de cabeças de gado foram perdidas quando o fogo atingiu quintas e explorações agrícolas dispersas.

Cinco bombeiros foram hospitalizados no sábado.

Além disso, muitas aldeias enfrentaram sérios problemas de abastecimento de água.

Na ilha de Creta, os bombeiros controlaram o incêndio em La Canée, segundo a agência de notícias grega ANA. Outras duas frentes estavam ativas em Peloponeso.

Durante o dia, prevê-se um risco de incêndio muito elevado (Categoria 4) em onze regiões do país. Os focos mais importantes estão em Eubeia, Mesenia, Citera e Creta, enquanto a situação em Ática melhorou.

A Grécia, que enfrenta uma onda de calor pelo sétimo dia consecutivo, deverá registar novamente neste domingo temperaturas muito elevadas, com máximas previstas entre 43ºC e 44°C, de acordo com o site meteo.gr do Observatório Nacional de Atenas.

No entanto, prevê-se uma descida das temperaturas na segunda-feira.

Os incêndios que se multiplicam em todo o mundo estão associados a vários fenómenos previstos pelos cientistas devido ao aquecimento global.

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