Henri, o "herói da mochila" no ataque em Annecy
Jovem de 24 anos tinha duas mochilas consigo e foi com uma delas que tentou travar o homem de 31 anos que esfaqueou quatro crianças e dois adultos num parque infantil, em França.
Perante a tragédia que se abateu ontem num parque infantil, em Annecy (França), quando um homem esfaqueou quatro crianças com menos de 3 anos e dois adultos, um outro homem acabou por dar nas vistas. É apelidado pela imprensa francesa de "herói da mochila" e foi ele que fez frente ao atacante, atirando-lhe uma mochila que trazia consigo e depois correndo atrás dele e evitando que escapasse à polícia.
A sua identidade começou a ser procurada depois de terem começado a circular vídeos nas redes sociais do momento em que um atacante - um homem sírio com estatuto de refugiado atribuído pela Suécia - entrou num parque infantil com uma faca na mão e começou a atacar crianças. Henri acabaria a ser identificado como um jovem de 24 anos que está a passear pelas catedrais francesas há nove meses.
Apaixonado pelo património religioso, Henri é licenciado em gestão internacional, descreve ocanal de televisão francês BFM TV. Na suapágina de Instagram, onde vai descrevendo a viagem, escreveu, numstory,estar bem e agradeceu o apoio. Disse ainda "pensar nas vítimas e nas suas famílias" e esperar que "recuperem".
Henri indicou ainda que já falou com as autoridades sobre o que aconteceu. A procuradora de Annecy agradeceu publicamente ao jovem e a outros populares que defenderam as crianças do atacante.
Nas imagens que circulam nas redes é visível o confronto de Henri com o atacante. O homem tenta atingir o jovem com a faca e este atira-lhe a pequena mochila que trazia nas mãos. Mais tarde, livra-se da mochila maior que trazia às costas para correr mais rápido e tentar travar a fuga do homem de 31 anos, agora detido.
O suspeito tem o estatuto de refugiado e é oriundo da Síria. Vivia há vários anos na Suécia, onde terá deixado a ex-mulher e uma filha de 3 anos. Queria mudar-se para França onde pediu asilo, o que lhe foi recusado. Nos documentos do pedido declarava-se cristão sírio.
Asquatro crianças estão internadas em estado grave, mas estáveis, e um dos adultos ainda está em estado crítico. O outro já teve alta hospitalar.
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