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Guerra na Ucrânia. Zelensky lamenta que NATO não interdite espaço aéreo da Ucrânia

Diogo Barreto 04 de março de 2022 às 22:49

O nono dia da guerra começou com uma invasão à central nuclear de Zaporíjia que foi tomada pelos russos durante a madrugada. Bombeiros extinguiram incêndio na central.

Momentos Chave
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Ao MinutoAtualizado 05 mar 2022
05 mar 2022 05 de março de 2022 às 08:45

Rússia anuncia cessar-fogo em Mariupol e Volnovaja

Bom dia.

Pode continuar a acompanhar o liveblog da SÁBADO sobre a guerra na Ucrânia aqui.

04 mar 2022 04 de março de 2022 às 23:57

Guterres acompanha com "grande preocupação" combates junto a central nuclear

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse hoje que acompanha com "grande preocupação" os combates junto à central nuclear de Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia, atingida por ataques de artilharia russa e onde deflagrou um incêndio.

"Tenho acompanhado com grande preocupação os dados sobre fortes combates na zona da central nuclear de Zaporizhzhia", referiu o diplomata português na sua página na rede social Twitter.

"Quero deixar bem claro que as instalações nucleares nunca devem ser alvo de operações militares", acrescentou o responsável das Nações Unidas.

04 mar 2022 04 de março de 2022 às 23:13

Militares recuperam aeroporto e derrotam russos na cidade de Mykolaiv

As forças ucranianas recuperaram o controlo do aeroporto militar de Kulbakino, em Mykolaiv, no sul da Ucrânia, e repeliram a ofensiva russa contra a cidade, divulgou hoje o governador daquela região, Vitaly Kim.

"O aeroporto de Kulbakino foi retomado. Não há mais orcs [referência aos russos]", destacou, numa publicação através da rede social Telegram.

A mesma fonte alertou que as forças russas "vão executar uma contraofensiva no aeroporto".

O governador daquela região no sul da Ucrânia, junto ao mar negro, assegurou ainda que as forças ucranianas repeliram o ataque dos militares russos à cidade".

"Derrotámo-los na cidade", realçou, explicando que os combates continuam a decorrer na periferia.

04 mar 2022 04 de março de 2022 às 22:51

Vice-presidente dos EUA viaja até à Polónia e Roménia

04 mar 2022 04 de março de 2022 às 22:30

Cimeira da NATO foi fraca e confusa, considera Zelensky

"Hoje houve uma cimeira da NATO, uma cimeira fraca, confusa, uma cimeira em que foi claro que nem toda a gente considera que a batalha pela liberdade da Europa seja o objetivo número um", defendeu o presidente ucraniano. "Hoje, a liderança da Aliança deu luz verde para mais bombardeamentos a cidades e aldeias ucranianas, recusando criar uma zona de exclusão aérea."

04 mar 2022 04 de março de 2022 às 22:26

Zelensky lamenta que NATO não interdite espaço aéreo da Ucrânia

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky criticou a decisão da NATO de não avançar com uma zona de proibição de voo por cima da Ucrânia. "A NATO decidiu deliberadamente não cobrir os céus por cima da Ucrânia", lamentou. "Acreditamos que os países da NATO criaram uma narrativa em como fechar o céu por cima da Ucrânia iria provocar a reação direta da Rússia contra a NATO. Esta é a autohipnose daqueles que são fracos, inseguros no interior, apesar do facto de terem armas muito mais fortes que as nossas."

04 mar 2022 04 de março de 2022 às 21:07

Macron condena ataque a central nuclear russa

04 mar 2022 04 de março de 2022 às 19:01

Pelo menos sete civis mortos em ataque a Markhalivka

Um ataque aéreo russo a uma área residencial de Markhalivka, na região de Kiev, matou pelo menos sete pessoas, entre elas, duas crianças. Os dados são avançados pela polícia ucraniana. 

04 mar 2022 04 de março de 2022 às 18:18

Rússia bloqueia acesso ao Facebook

O regulador das comunicações na Rússia, o Roskomnadzor, anunciou que o acesso ao Facebook será bloqueado no país. Para apoiar a decisão, considerou que em 26 casos a rede social tinha "discriminado os media e fontes de informação russas" desde outubro de 2020. 

04 mar 2022 04 de março de 2022 às 18:12

Destroços de rocket encontrados junto à residência oficial de Zelensky

A residência oficial do presidente da Ucrânia, no bairro de Koncha-Zaspa, em Kiev, foi alvo de um ataque comrockets. Sergii Nykyforov, o assessor do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, partilhou imagens no seu perfil de Facebook que mostram destroços no pátio. De acordo com o assessor, o comentário do presidente ucraniano foi "falhou".

04 mar 2022 04 de março de 2022 às 17:34

ONU atualiza número de mortes civis na Ucrânia: 331

Esta sexta-feira, a Organização das Nações Unidas divulgou mais uma estimativa das mortes de civis na Ucrânia. Até agora, registam-se 331 mortes.

04 mar 2022 04 de março de 2022 às 17:31

Por que razão é Mariupol tão importante para os russos?

Os habitantes da cidade ucraniana de Mariupol não têm água, aquecimento nem eletricidade e estão a ficar sem comida na sequência dos ataques das forças russas que se têm repetido ao longo dos últimos cinco dias. 

Vadym Boychenko, o presidente da câmara de Mariupol, apelou à criação de um corredor humanitário para retirar civis da cidade portuária. "Estamos simplesmente a ser destruídos", relatou. Na cidade, sentem-se temperaturas negativas. 

Saiba mais aqui. 

04 mar 2022 04 de março de 2022 às 14:47

Ucrânia quer voltar a reunir com Rússia este fim-de-semana

A Ucrânia está a prever uma terceira ronda de negociações com a Rússia este fim de semana, informa um conselheiro presidencial citado pelaAgence France Presse.

04 mar 2022 04 de março de 2022 às 14:41

Augusto Santos Silva: Guerra também tem regras e Rússia não está a respeitá-las

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, afirmou hoje em Bruxelas que, além de ter violado "todos os princípios do direito internacional" ao invadir a Ucrânia, a Rússia está também a desrespeitar "as regras da guerra".

Em declarações à imprensa após uma reunião dos chefes de diplomacia da NATO, e antes de participar num novo Conselho de ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, ambos na capital belga, Santos Silva disse que se verificou hoje uma "condenação liminar por parte de todos os aliados e da Aliança da agressão militar em curso da Rússia contra a Ucrânia e, em particular, a condenação do facto de a Rússia não estar a respeitar as regras da guerra, que é uma atividade humana que também está sujeita a regras".

O ministro afirmou que a Aliança Atlântica deplora designadamente a forma "como as autoridades russas estão a conduzir ataques indiscriminados contra civis, contra instalações civis e também instalações que, pela sua natureza, se atacadas e atingidas, podem provocar insegurança a nível absolutamente alarmante".

Augusto Santos Silva referia-se ao bombardeamento durante a última madrugada da central nuclear ucraniana de Zaporizhzhia, que considerou "evidentemente condenável a todos os títulos".

O ministro apontou, de resto, que Portugal está entre os 29 países que solicitaram ao procurador do Tribunal Penal Internacional que sejam investigados "indícios bastante fortes de crimes de guerra", e outros sob a sua alçada, que "parecem estar em curso" durante a ofensiva militar russa na Ucrânia.

04 mar 2022 04 de março de 2022 às 14:03

Zelensky não vai fazer quaisquer concessões que possam "humilhar os ucranianos"

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky não vai fazer quaisquer concessões que possam "humilhar os ucranianos" na sua luta pela integridade territorial, informou o conselheiro presidencial Mykhailo Podolak, que integrou a delegação ucraniana que participou nas negociações de cessar-fogo com a Rússia, em conferência de imprensa citada pela Reuters.

04 mar 2022 04 de março de 2022 às 13:48

Portugal recebeu 1158 pedidos de proteção temporária desde início do conflito

Mais de 1100 pessoas pediram proteção temporária a Portugal desde o início da invasão russa à Ucrânia, revelou hoje à agência Lusa o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

Segundo o SEF, Portugal recebeu, entre 24 de fevereiro e as 13:00 de hoje, 1.158 pedidos de proteção de pessoas que saíram da Ucrânia.

O Governo português aprovou uma resolução em que concede proteção temporária a pessoas vindas da Ucrânia em consequência da situação de guerra.

Segundo a resolução, aos requerentes de proteção temporária é atribuída, de forma automática, autorização de residência por um ano, que pode ser prorrogada duas vezes por um período de seis meses.

Estes pedidos podem ser apresentados nos centros nacionais de Apoio à Integração de Migrantes e nas delegações regionais do SEF.

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras disponibiliza, desde quinta-feira e em todo o país, 24 balcões de atendimento dedicados exclusivamente a cidadãos ucranianos.

O SEF vai passar a ter, a partir de sábado, no aeroporto de Lisboa, uma estrutura para registar pedidos de proteção temporária para os cidadãos ucranianos que cheguem a Portugal por via aérea.

04 mar 2022 04 de março de 2022 às 13:04

"Vamos fazer todos os possíves para proteger territórios da NATO"

"A NATO não está à procura de uma guerra com a Rússia", declarou Jens Stoltenberg, mas avisou: "Vamos fazer tudo o que for necessário para proteger o território da NATO".

"Os próximos dias serão piores, com mais mortes, mais sofrimento e mais destruição, à medida que as Forças Armadas russas trazem armamento mais pesado e continuam os seus ataques por todo o país", disse Jens Stoltenberg.

O responsável falava em conferência de imprensa na sede da NATO, em Bruxelas, após uma reunião extraordinária do Conselho do Atlântico Norte, o principal organismo de decisão política da organização e no qual cada país membro tem assento ao nível dos chefes de diplomacia.

"Esta é a pior agressão militar da Europa em décadas, com cerco a cidades e a escolas, hospitais e edifícios residenciais e ações imprudentes de bombardeamento em torno de uma central nuclear ontem [quinta-feira] à noite e muitos civis mortos ou feridos", assinalou.

"A ambição do Kremlin [Presidência russa] é recriar uma esfera de influência e negar a outros países o direito de escolherem o seu próprio caminho e, por isso, os ministros [da NATO] discutiram a necessidade de apoiar os parceiros que possam estar em risco, incluindo a Geórgia e a Bósnia-Herzegovina", referiu Jens Stoltenberg.

De acordo com o secretário-geral da Aliança Atlântica, "a agressão da Rússia criou um novo normal para a segurança".

A reunião de hoje do Conselho do Atlântico Norte, presencial e presidida pelo secretário-geral, Jens Stoltenberg, foi alargada aos chefes de diplomacia da Suécia, Finlândia e União Europeia.

04 mar 2022 04 de março de 2022 às 11:51

Diretor-geral da AIEA disponível para ir a Kiev negociar segurança de centrais nucleares

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) afirmou hoje estar disponível para ir à Ucrânia negociar uma solução que garanta a segurança das instalações nucleares ameaçadas pela guerra.

"Indiquei à Federação Russa e à Ucrânia a minha disponibilidade para viajar para Chernobyl o mais rapidamente possível", disse Rafael Grossi, durante uma conferência de imprensa convocada de emergência em Viena, Áustria, após os bombardeamentos pelas forças russas da central nuclear de Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia.

Grossi criticou o ataque russo, que pôs em causa a segurança da maior central nuclear da Europa, mas garantiu que não houve fugas de radiação.

"A segurança foi comprometida com o que aconteceu ontem à noite [quinta-feira], temos sorte por não ter havido fugas de radiação", disse, admitindo estar muito preocupado com uma situação "sem precedentes".

As forças russas bombardearam na noite de quinta-feira a maior central nuclear da Europa, no sul da Ucrânia, onde deflagrou um incêndio, que, entretanto, foi extinto pelos bombeiros.

O regulador nuclear estatal da Ucrânia garantiu que os seis reatores de Zaporizhzhia não foram afetados e que o incêndio atingiu apenas um edifício e um laboratório do local.

O regulador informou também que os reatores nucleares permanecem intactos e que não houve mudanças no 'status' de radiação, acrescentando que os seus especialistas estão em contacto com os engenheiros da central nuclear.

"Os reatores permanecem intactos, há danos na construção do compartimento do reator da unidade de energia nº 1, o que não afeta a segurança do reator. Os sistemas e elementos importantes para a segurança da central nuclear estão a funcionar. Nenhuma mudança no estado de radiação foi registada no momento", refere o relatório do regulador.

04 mar 2022 04 de março de 2022 às 11:47

Putin pede aos países vizinhos para "normalizarem relações" com a Rússia

O presidente russo apelou aos países vizinhos para que "normalizem as relações" com a Rússia, segundo a agência Reuters.

Putin assegurou que a Rússia vai cumprir as suas obrigações económicas para com os outros países.

04 mar 2022 04 de março de 2022 às 11:27

Antigo chanceler austríaco deixa cargo na gigante russa Lukoil

O antigo chanceler austríaco Wolfgang Schuessel deixou o cargo na direção da gigante russa de energia Lukoil. Junta-se assim aos políticos ocidentais que deixaram cargos em empresas russas depois da invasão decretada por Putin à Ucrânia, há nove dias.

Em comunicado enviado à agência austríaca APA, Schuessel informa que passou os últimos dias dos seus dois anos no conselho de administração a tentar que a empresa adotasse uma resolução que critique a invasão russa, que para ele ultrapassou uma linha vermelha.

"Para mim, alguém que sempre defendeu laços construtivos entre a União Europeia e a Rússia, o ataque de quase guerra à Ucrânia, os brutais ataques e os bombardeamentos da população civil ultrapassaram uma linha vermelha", escreveu, citado pela Reuters.

04 mar 2022 04 de março de 2022 às 10:38

Mais de 670 mil entraram na Polónia

Desde o início da guerra na Ucrânia, já entraram 672 mil refugiados ucranianos na Polónia.

De acordo com os dados desta manhã, até às 7h tinham passado pela fronteira 25 mil pessoas. Na quinta-feira entraram 99 mil pessoas. 

As Nações Unidas dão conta de mais de um milhão de refugiados ucranianos na última semana.

04 mar 2022 04 de março de 2022 às 09:27

Ataques a Chernihiv fizeram 47 vítimas

Os bombardeamentos russos numa zona residencial na cidade ucraniana de Chernihiv provocaram 47 mortos.

O número é avançado pelas autoridades locais e citado pela Reuters.

04 mar 2022 04 de março de 2022 às 09:24

NATO diz que não procura conflito, mas protegerá “cada centímetro” da Aliança

A NATO sublinhou hoje que é uma organização defensiva, que não procura o conflito armado com a Rússia, mesmo à luz da agressão à Ucrânia, mas advertiu que, se o conflito chegar à Aliança, protegerá "cada centímetro" do seu território.

"Somos uma aliança defensiva, não procuramos conflitos, mas se o conflito chegar a nós, estamos prontos e vamos defender cada centímetro do território da NATO", advertiu o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, à chegada ao quartel-general da Aliança, em Bruxelas, para uma reunião do Conselho do Atlântico Norte ao nível de chefes de diplomacia.

A seu lado, o secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg, realçou igualmente que "a NATO não faz parte do conflito, a NATO é uma aliança de defesa", que "não procura o conflito bélico com a Rússia", mas advertiu também para a intransigência da organização na defesa de todos os seus membros.

"Ao mesmo tempo, temos que assegurar que não há quaisquer mal-entendidos sobre o nosso compromisso em defender e proteger todo os aliados, e daí termos aumentado a presença de forças da NATO na zona leste da Aliança", declarou.

Stoltenberg apontou que o objetivo da reunião de hoje é "coordenar a resposta à invasão brutal da Ucrânia pela Rússia", mas também "as implicações a longo prazo".

Também Blinken disse que os Aliados estão igualmente a preparar "o futuro da NATO", comentando que "os acontecimentos das últimas semanas forjarão ainda mais esse futuro", a ser desenhado com o novo conceito estratégico da organização e a próxima cimeira da NATO, "dentro de alguns meses", em junho, em Madrid.

O chefe da diplomacia norte-americana saudou a forma como, "face à agressão premeditada da Rússia contra a Ucrânia, a Aliança juntou-se com velocidade, unidade e determinação", apontando que, "cada aliado, de uma forma ou outra, está a assistir a Ucrânia e o reforço da NATO".

Relativamente aos mais recentes acontecimentos no terreno, o secretário-geral da organização apontou que o ataque russo à central nuclear ucraniana de Zaporizhzhia, a maior da Europa, "demonstra bem a imprudência desta guerra, a importância de lhe por fim, e a importância de a Rússia retirar todas as tropas e comprometer-se de boa fé com os esforços diplomáticos".

Bruxelas acolhe hoje reuniões extraordinárias de ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO e da União Europeia, ambas em formatos alargados, para discutir a guerra em curso na Ucrânia, ao nono dia da ofensiva militar russa.

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, estará presente nas duas reuniões, nas quais Portugal estará representado pelo ministro Augusto Santos Silva.

De manhã, tem lugar no quartel-general da NATO uma reunião extraordinária do Conselho do Atlântico Norte, o principal organismo de decisão política da organização, no qual cada país membro tem assento, ao nível dos chefes de diplomacia, alargada aos chefes de diplomacia da Suécia, Finlândia e UE.

A partir das 16:00 locais (15:00 de Lisboa), os chefes de diplomacia dos 27 reúnem-se naquele que é o quinto Conselho extraordinário de ministros dos Negócios Estrangeiros da UE no espaço de pouco mais de uma semana, também em formato alargado.

Esta reunião foi convocada na quarta-feira pelo Alto Representante da UE para a Política Externa e de Segurança, Josep Borrell, que convidou para o encontro homólogos de países aliados e o ministro ucraniano, Dmytro Kuleba, que participará por videoconferência.

Além dos 27, participarão então no encontro Kuleba, Blinken e ainda os chefes da diplomacia do Reino Unido, Liz Truss, e do Canadá, Melanie Joly, além do secretário-geral da NATO.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.

O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.

04 mar 2022 04 de março de 2022 às 09:23

Centro de Direitos Humanos em Moscovo alvo de buscas da polícia

As autoridades russas estão a realizar buscas às instalações da organização não governamental de direitos humanos Memorial, em Moscovo, disse fonte do organismo.

"As buscas à Memorial estão em curso na rua Karetny Riad n.º5 e na Maly Karetny n.º 12, disse o Centro de Direitos Humanos Memorial através da rede social Telegram.

A rusga ocorre no mesmo dia em que os deputados russos adotaram um texto que prevê pesadas penas de prisão, que podem chegar a 15 anos de cadeia, aos cidadãos que publiquem "informações enganosas" sobre o Exército.

A votação decorreu uma semana após a invasão russa da Ucrânia.

As emendas aprovadas na Câmara Baixa do Parlamento russo (Duma) preveem penas de prisão que podem chegar aos 15 anos de cadeia se as "informações enganosas" tiverem "consequências sérias" para as Forças Armadas.

A mesma iniciativa parlamentar prevê também castigos contra os cidadãos que apelem à imposição de sanções contra a Rússia.

04 mar 2022 04 de março de 2022 às 08:20

Cordão humano pela paz hoje em embaixadas em Lisboa

Centenas de pessoas deverão participar hoje em Lisboa num cordão humano a ligar embaixadas de países permanentes do Conselho de Segurança da ONU, pela paz na Ucrânia, sendo depois entregue uma carta aos respetivos embaixadores.

A carta exorta os governos a serem firmes contra a agressão à Ucrânia, "bem como os cidadãos de todo o mundo para que mantenham a pressão e a solidariedade para com o povo ucraniano", escrevem os organizadores em comunicado.

José Pedro Dionísio, um professor universitário que está na organização da iniciativa, e que já em 1999 tinha impulsionado um grande cordão humano pela paz em Timor-Leste, disse à Lusa que não espera as 300 mil pessoas de 1999, mas vários milhares para ligar os percursos de hoje.

O cordão pretende ligar as embaixadas da China, Estados Unidos, França, Reino Unido e também a Alemanha (membro não permanente do Conselho de Segurança) e está marcado para as 18:00. Depois os participantes irão reunir-se junto das embaixadas e uma personalidade irá entregar a carta ao respetivo embaixador.

A Associação dos Ucranianos em Portugal também apela para que os portugueses adiram à iniciativa, que pretende mostrar a solidariedade dos portugueses e da comunidade ucraniana residente em Portugal para com a Ucrânia, que foi invadida pela Rússia no passado dia 24.

"Não podemos ficar passivamente em casa a ver a guerra em direto", dizem os organizadores.

04 mar 2022 04 de março de 2022 às 07:22

Bolsa de Moscovo volta a não abrir

Este é o quinto dia consecutivo em que Moscovo decide não abrir à negociação a bolsa. 

As autoridades russas continuam a tentar evitar uma derrocada na bolsa de Moscovo, consequência das sanções económicas impostas ao país pela comunidade internacional.

04 mar 2022 04 de março de 2022 às 07:21

Ucrânia diz ter matado 9.166 soldados

A Ucrânia divulgou um boletim com os números da operação militar contra a invasão militar. Afirma ter:

- Matado 9.166 soldados;

- Abatido 33 aviões, 37 helicópteros e 3 drones;

- Neutralizado 251 tanques e 939 carros armados;

- Destruído 105 peças de arilharia, 50 lança mísseis e 18 defesas antiaéreas;

- Afundado dois barcos;

- Extinguido 404 carros e 60 camiões cisterna.

Indicative estimates of Russia's losses as of March 4, according to the Armed Forces of Ukraine. pic.twitter.com/d5NbS3A6aP

04 mar 2022 04 de março de 2022 às 06:42

Boris Johnson acusa Putin de ameaçar "segurança de toda a Europa"

O primeiro-ministro britânico acusou hoje o Presidente russo de "ameaçar diretamente a segurança de toda a Europa", na sequência do bombardeamento de uma central nuclear pelas forças russas na Ucrânia.

Boris Johnson disse que as ações de Vladimir Putin eram irresponsáveis, de acordo com um comunicado divulgado depois de uma conversa telefónica com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

O primeiro-ministro do Reino Unido prometeu convocar uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU "nas próximas horas".

Também o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, disse ter falado com Zelensky, na sequência dos ataques russos que causaram um incêndio nas instalações da maior central nuclear da Europa, em Zaporizhzhia, no centro da Ucrânia.

"Estes inaceitáveis ataques por parte da Rússia devem cessar de imediato", escreveu Trudeau na rede social Twitter.

04 mar 2022 04 de março de 2022 às 06:19

Russos tomam controlo de central nuclear

Bom dia,

A central de Zaporíjia esteve sob fogo durante a noite. O parlamento ucraniano confirmou por volta das 7h50 (5h50 em Lisboa) que a central estava sob o controlo das tropas russas.

As forças russas começaram a bombardear na noite de quinta-feira a maior central nuclear da Europa, no sul da Ucrânia, onde deflagrou um incêndio que originou uma "ameaça real de perigo nuclear". Os bombeiros conseguiram dominar as chamas e a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) garantiu que não foi detetada uma subida da radiação na maior central nuclear da Europa, ao contrário do que um funcionário do Governo ucraniano tinha dito à Associated Press.

Os Estados Unidos disseram que a central nuclear ucraniana de Zaporizhzhia não tem "níveis elevados de radiação", depois do incêndio causado por um bombardeamento.

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