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Grupo chinês Huawei despede funcionário detido na Polónia por espionagem

12 de janeiro de 2019 às 15:34

O grupo explicou que "decidiu rescindir imediatamente o contrato com Wang Weijing" uma vez que "este incidente teve efeitos nefastos sobre a reputação mundial da Huawei" e disse que respeita as leis dos países em que opera.

O gigante chinês de telecomunicações Huawei despediu o seu funcionário chinês detido na Polónia por suspeita espionagem, num comunicado citado pelo jornal estatal chinês Global Times.

O grupo explicou que "decidiu rescindir imediatamente o contrato com Wang Weijing" uma vez que "este incidente teve efeitos nefastos sobre a reputação mundial da Huawei" e disse que respeita as leis dos países em que opera.

"A Huawei sempre respeitou as leis e regulamentos em vigor no país onde está localizada (...) e exige que todos os funcionários cumpram as leis e regulamentos do país", afirmou o grupo chinês, no comunicado, em que acrescentou que Wang Weijing foi preso por "motivos pessoais", sem mais detalhes.

Segundo informações prestadas na sexta-feira pelas autoridades polacas, um empresário chinês e um outro polaco, ambos funcionários de "uma grande empresa de eletrónica", foram detidos, na terça-feira, por acusação de espionagem a favor do governo chinês, podendo enfrentar uma pena até dez anos de prisão.

Os média polacos e chineses apontaram então os dois empresários como sendo funcionários da Huawei.

Uma fonte do ministério das Relações Exteriores da China afirmou a "grande preocupação" com este caso e diz que já pediu ao governo polaco um "tratamento justo, de acordo com a lei, e a proteção efetiva" do empresário.

A empresa Huawei foi fundada por ex-engenheiro do exército chinês e encontra-se sob suspeita em vários países – incluindo os EUA, o Japão e a Austrália - por desrespeito de acordos comerciais internacionais.

Em dezembro, uma alta dirigente da Huawei, e filha do fundador, foi detida num aeroporto no Canadá, acusada de cumplicidade por fraude, ao tentar contornar sanções dos EUA ao Irão.

Vários países colocaram igualmente a empresa chinesa sob investigação, suspeitando de uso indevido de ‘software’ de comunicações, que poderá colocar em risco a segurança nacional desses mesmos países.

Em todos estes casos, a empresa defende-se, dizendo que não está a fazer espionagem para o governo chinês e que cumpre todos os acordos internacionais.

Nos últimos meses, a Huawei iniciou um processo de estabelecimento de acordos com operadoras europeias para a implantação de sistema G5 de comunicações móveis.

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