França admite tropas europeias na Ucrânia. Rússia alerta para III Guerra Mundial
Na segunda-feira Macron tinha referido que o envio de tropas estava a ser discutido e garantiu: "Faremos tudo o que for necessário para que a Rússia não vença".
Depois das declarações do presidente francês, Emmanuel Macron, o Kremlin alertou esta terça-feira que um conflito direto entre a NATO e a Rússia seria inevitável se os membros europeus da aliança militar decidirem enviar tropas para a Ucrânia.
Esta foi a resposta à porta deixada aberta por Macron quando, na segunda-feira, sugeriu que os países europeus podiam enviar tropas para a Ucrânia, apesar de também ter admitido que ainda não existe consenso sobre a situação.
Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, considerou que "o próprio facto de existirem discussões sobre a possibilidade de enviar certos contingentes de países da NATO para a Ucrânia é um novo elemento muito importante". Ficou ainda a garantia que, do ponto de vista russo, caso isso aconteça, o conflito entre NATO e Rússia deixa de ser uma "possibilidade" e passa a ser uma "inevitabilidade".
Peskov deixou ainda o aviso que cabe agora às nações europeias ponderar se querem arrastar a sua população para uma guerra.
A guerra na Ucrânia, que dura há mais de dois anos, aumentou a tensão entre a Rússia e o Ocidente para níveis que já não eram vistos desde o lançamento dos mísseis cubanos em 1962. A Rússia e os Estados Unidos, maior potência da NATO, detém os maiores arsenais de armas nucleares do mundo e o presidente norte-americano, Joe Biden, também já alertou que um conflito entre a Rússia e a NATO pode desencadear a III Guerra Mundial.
Após dois anos de guerra, a Ucrânia vive um momento em que o apoio por parte dos Estados Unidos está amplamente condicionado pelos debates internos o que tem levado vários países da União Europeia a assumir a necessidade de aumentar o investimento no apoio a Kiev.
Na segunda-feira, Macron admitiu: "Nada deve ser excluído. Faremos tudo o que for necessário para que a Rússia não vença". Antes disso, já o primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, tinha referido que alguns países ocidentais estão a considerar acordos bilaterais para enviar tropas para a Ucrânia.
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