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Explosão em Nova Iorque faz Trump pedir leis restritivas para a imigração

12 de dezembro de 2017 às 07:55

Um homem do Bangladesh fez explodir segunda-feira uma bomba caseira num túnel do metro em Times Square, levando o Presidente norte-americano a exigir novas restrições migratórias.

Um homem do Bangladesh, aparentemente inspirado pelo grupo extremista Estado Islâmico, fez explodir segunda-feira uma bomba caseira num túnel do metro em Times Square, levando o Presidente norte-americano a exigir novas restrições migratórias.

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Foto: Cheriss May/NurPhoto via Getty Images
Foto: Kevin Dietsch/Bloomberg/Getty Images
Foto: Getty Images
Trump
Foto: Lior Mizrahi/Getty Images

A explosão, perto de um dos lugares mais movimentados do mundo, ocorreu na hora de ponta, às 07h20 horas locais (12h20 em Lisboa), num túnel que liga dois centros-chave de transporte de Nova Iorque, a Times Square e o terminal de autocarros de Port Authority, perto da rua 42 e da 8ª avenida.

O autarca de Nova Iorque, Bill de Blasio, descreveu o atentado, que causou três feridos ligeiros, como uma "tentativa de ataque terrorista". O único suspeito, um homem de 27 anos identificado como Akayed Ullah, foi rapidamente detido, estando ferido e queimado no abdômen. O suspeito carregava, agarrado ao seu corpo com bandas de velcro, "um dispositivo explosivo rudimentar", disse o chefe de polícia, James O’Neill.

A bomba explodiu parcialmente, o que explica não haver mais vítimas, disse o governador do Estado de Nova Iorque, Andrew Cuomo. "Graças a Deus, ele não alcançou os seus objectivos", disse ainda De Blasio. Embora a polícia não tenha dito nada sobre os motivos do suspeito, até ao momento, a pista ‘jihadista’ foi a mais levantada na tarde do incidente. O suspeito foi "influenciado" pelos grupos ‘jihadistas’ e a sua propaganda na internet, disse Cuomo.

Vários meios de comunicação, incluindo o New York Times e o New York Post, informaram que Akayed Ullah disse à polícia que se inspirou no Estado Islâmico para realizar o ataque.

O homem teria atacado esta passagem subterrânea por ter muitos cartazes relacionados com o Natal, o que lembraria os ataques ao mercado de Natal na Alemanha reivindicado pelo Estado Islâmico. Também queria vingar-se dos ataques norte-americanos contra o grupo extremista na Síria e em outros lugares.

Este novo ataque realizado por um imigrante, depois do ataque de um uzbeque com um camião, fez oito mortos e 12 feridos em Manhattan a 31 de Outubro, o que levou Donald Trump a exigir novas restrições sobre a política de migração dos Estados Unidos. "A tentativa de assassinato em Nova Iorque hoje – o segundo ataque terrorista na cidade em dois meses – ilustra novamente a necessidade urgente de o Congresso aprovar reformas legislativas para proteger os americanos", disse Donald Trump, que já proibiu a entrada nos Estados Unidos para os nacionais de sete países, sobretudo países muçulmanos.

"O Congresso deve pôr fim à migração em cadeia", disse o Presidente, referindo-se ao visto de reunificação familiar que permitiu a Ullah chegar aos Estados Unidos. A explosão desencadeou momentos de pânico no subúrbio, quando "todos começaram a correr", de acordo com testemunhas citadas por The New York Times.

A estação de autocarros e os seus arredores foram, no entanto, evacuados sem pânico, de acordo com um fotógrafo da agência de notícias francesa AFP. Donald Trump reafirmou terça-feira a sua opinião de que os autores de atos terroristas merecem "as penas mais pesadas", inclusive a pena de morte em alguns casos.

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