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Detidas 1.300 pessoas em França durante os protestos

Diogo Barreto 01 de julho de 2023 às 12:21

Foram mobilizados mais de 45 mil operacionais para conter a violência que começou depois da polícia disparar fatalmente contra um jovem que não respeitou uma operação stop.

Foram detidas 1.300 pessoas esta madrugada em França, revelou o ministro do interior francês. 

REUTERS/Stephanie Lecocq

Os protestos desencadeados no início da semana, após a morte, abatido a tiro pela polícia, de um jovem de 17 anos que não respeitou uma "operação stop", têm vindo a reduzir a intensidade, segundo as autoridades francesas, apesar da noite de sexta-feira para sábadao tenha registado o maior número de denteções desde o início das manifestações.

Segundo o Ministério do Interior, "79 polícias e gendarmes ficaram feridos", mais de 1.300 veículos foram incendiados, 234 edifícios foram queimados ou danificados e mais de 2.500 incêndios foram registados na via pública. Foi mobilizada uma força policial de cerca de 45 mil efetivos.

Marselha, a segunda maior cidade do sul de França, teve uma noite agitada, o que levou o Ministro do Interior francês, Gérard Darmanin, a enviar reforços para a cidade. Grande parte dos manifestantes são jovens que usam máscaras.

Na manhã deste sábado, o número de pessoas detidas rondava o milhar, mais do que nas noites anteriores, quando a polícia deteve cerca de 900 pessoas. Para as ruas foram também enviados veículos blindados ligeiros da ‘gendarmeria’ para tentar reduzir a tensão em relação à noite anterior, em que 492 edifícios foram alvo de ataques, 2000 veículos foram queimados e dezenas de lojas saqueadas.

Em Lyon e Grenoble (centro-leste da França), os confrontos estenderam-se pela noite dentro entre bandos de jovens, muitas vezes encapuzados, que andavam a correr ou de trotineta e confrontaram a polícia, que respondeu com granadas de gás lacrimogéneo.

"Sábado, 1 de julho, será um dia de luto para a família de Nahel", escreveram os advogados da família, apelando aos meios de comunicação social para que não participem na cerimónia, "a fim de dar à família enlutada a privacidade e o respeito de que necessita".

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