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Da "alucinação" ao exemplo de Collor: a estratégia da defesa de Bolsonaro para pedir prisão domiciliária

Isabel Dantas 28 de novembro de 2025 às 11:30

Ex-presidente do Brasil já iniciou o cumprimento dos 27 anos e três meses a que foi condenado.

A defesa de Jair Bolsonaro vai tentar convencer o tribunal a recolocar o ex-presidente do Brasil em prisão domiciliária. Segundo a CNN Brasil, o argumento é que, quando danificou a pulseira eletrónica, Bolsonaro não teria a intenção de fugir, até porque isso seria praticamente impossível.
Bolsonaro quer cumprir a pena em casa EPA
Os advogados alegam que o antigo presidente, de 70 anos, ", provocada pela nova medicação. Quando foi detido, Bolsonaro admitiu ter queimado o dispositivo com um ferro de soldar . Os advogados do ex-presidente pretendem também usar como argumento outro caso, o do ex-presidente Fernando Collor - condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro -, cuja pulseira eletrónica esteve desligada durante 36 horas em maio deste ano e que mesmo assim continuou em casa, depois de explicar que não o fez de forma intencional. Além disso, a defesa de Bolsonaro pretende argumentar com o facto de o ex-presidente precisar um acompanhamento médico permanente. Ainda ontem sofreu uma crise de soluços, depois de ter referido na audiência de custódia ter refluxo e apneia, necessitando tomar cinco medicamentos. O ex-presidente brasileiro, que estava em prisão preventiva, iniciou terça-feira formalmente o cumprimento da pena de prisão na sequência da condenação a 11 de setembro a 27 anos e 3 meses de prisão por organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e ameaça grave e deterioração de património tombado. O Supremo Tribunal do Brasil anunciou nesse dia que o processo penal contra o ex-Presidente Jair Bolsonaro , entendendo não haver razão para mais recursos. Recorde-se que desde 4 de agosto e dia 21 deste mês, Jair Bolsonaro esteve em prisão domiciliária, uma decisão imposta ainda antes da condenação (a 11 de setembro) por ter incumprido com diversas medidas cautelares impostas pelo juiz Alexandre de Moraes, relator do caso. Contudo, a tentativa de Bolsonaro de romper a pulseira eletrónica dia 21 precipitou a sua prisão no dia seguinte, já que o juiz considerou esta ação como uma possibilidade de perigo de fuga.
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