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Covid-19. Ministro da Saúde do Brasil testa positivo durante viagem à Assembleia-Geral da ONU

22 de setembro de 2021 às 08:13

Marcelo Queiroga, que integrava a comitiva de Jair Bolsonaro, terá de ficar em isolamento em Nova Iorque. É o segundo membro do Brasil a testar positivo durante a viagem.

O ministro da Saúde brasileiro testou positivo à covid-19 durante a viagem a Nova Iorque, onde marcou presença na Assembleia-Geral das Nações Unidas, e ficará em isolamento naquela cidade norte-americana, informaram fontes oficiais.

Marcelo Queiroga Reuters

"O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que integrava a Comitiva Presidencial a Nova Iorque (EUA), testou positivo para a covid-19 e permanecerá nos Estados Unidos durante o período de isolamento. O ministro passa bem", informou a Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) da Presidência brasileira em comunicado, na terça-feira

A Secom informou ainda que os demais integrantes da comitiva realizaram o exame e "testaram negativo para a doença".

Após o anúncio da Secretaria, o ministro recorreu às redes sociais para confirmar que se encontra infetado e que ficará de quarentena em território norte-americano, seguindo todos os protocolos de segurança sanitária.

"Enquanto isso, o Ministério da Saúde seguirá firme nas ações de enfrentamento à pandemia no Brasil. Vamos vencer esse vírus", escreveu o governante no Twitter.

Queiroga é o segundo membro da comitiva do Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, que se deslocou a Nova Iorque para participar na 76ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que testou positivo durante a viagem, de acordo com a imprensa brasileira.

O ministro esteve presente nesta terça-feira na Assembleia-Geral da ONU, mas informou que esteve sempre de máscara.

Contudo, Queiroga, que já recebeu as duas doses do imunizante contra a covid-19, fez refeições nas ruas de Nova Iorque na companhia de Bolsonaro e de outros ministros. O governante deu ainda diversas entrevistas na parte externa do hotel onde estava hospedado, além de ter circulado pelas dependências da ONU e pelo Memorial do 11 de Setembro, onde esteve com Bolsonaro, que, por sua vez, não usou máscara.

Na noite de segunda-feira, o ministro da Saúde causou polémica ao fazer um gesto obsceno a brasileiros que se manifestavam em Nova Iorque contra Bolsonaro, a quem chamaram de "genocida" e "assassino".

A presença de Bolsonaro na Assembleia em Nova Iorque, onde a imunização foi anunciada como obrigatória, estava a ser questionada devido à sua relutância em tomar a vacina contra a covid-19.

Contudo, mesmo sem imunizante, o chefe de Estado brasileiro viajou para Nova Iorque no domingo, onde foi fotografado a comer na rua, situação que os ‘media’ brasileiros associam à recusa em se vacinar contra a doença.

Bolsonaro, um dos chefes de Estado mais céticos em relação à gravidade da pandemia em todo mundo, defendeu na terça-feira a autonomia médica e o uso de medicamentos sem eficácia científica comprovada contra a covid-19 durante a abertura da 76.ª sessão da Assembleia-Geral da ONU, num discurso duramente criticado pela oposição.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo ao totalizar 591.440 óbitos e 21.247.094 infeções desde o início da pandemia.

A covid-19 provocou pelo menos 4.696.559 mortes em todo o mundo, entre mais de 229,01 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

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