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Coreia do Norte dissolve comité para investigar sequestros de japoneses

13 de fevereiro de 2016 às 16:34

Pyongyang extinguiu um comité encarregado de investigar os sequestros de japoneses levados a cabo pela Coreia do Norte em resposta à decisão de Tóquio de aplicar sanções devido ao recente lançamento de um míssil de longo alcance

A Coreia do Norte extinguiu um comité encarregado de investigar os sequestros de japoneses levados a cabo por Pyongyang em resposta à decisão de Tóquio de aplicar sanções devido ao recente lançamento de um míssil de longo alcance.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Fumio Kishida, considerou a decisão de Pyongyang "extremamente lamentável", indicando que viola o acordo alcançado entre os dois países em 2014.

Citado pela emissora pública NHK, Kishida disse que o Japão não tem intenção de cancelar o acordo e que a resolução dos sequestros continua a ser uma das prioridades do actual Governo, liderado pelo primeiro-ministro Shinzo Abe.


Em 2014, Pyongyang aceitou abrir uma investigação sobre os cidadãos que foram sequestrados pelo regime norte-coreano nos anos 1970 e 1980, sob a condição de que Tóquio retirasse parte das sanções unilaterais que impunha ao país.

No entanto, o Japão decidiu reactivar as sanções esta semana em resposta aos recentes testes de armamento da Coreia do Norte, que no passado dia 6 de Janeiro realizou o seu quarto teste nuclear e no domingo lançou um satélite para o espaço, o que a ONU considerou um teste de mísseis encoberto.

O regime norte-coreano classificou, através de um comunicado da sua agência estatal KCNA, a reactivação das sanções por parte do Japão como "uma provocação" e prometeu "represálias mais duras" contra Tóquio no futuro.


Apesar do estabelecimento do comité, há quase dois anos, a Coreia do Norte não tinha oferecido até agora qualquer informação consistente relacionada com o paradeiro dos japoneses raptados.

O Japão afirma que entre 1977 e 1983 pelo menos 17 japoneses foram sequestrados pela Coreia do Norte com o objectivo de lhes 'roubar' a identidade ou para que estes ensinassem o idioma e cultura japonesa a espiões.

Em 2002, Pyongyang admitiu vários dos sequestros e devolveu cinco pessoas ao Japão, mas afirmou que as restantes 12 ou morreram ou nunca estiveram em solo norte-coreano, num relato pleno de inconsistências que gerou desconfiança entre o Executivo japonês.

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