Concessionária da ponte Morandi critica governo italiano e alerta sobre os prejuízos
Atlantia diz que a medida foi anunciada sem que tenha sido feita previamente uma "argumentação especifica" e na ausência de provas sobre as "causas do sucedido."
A companhia italiana Atlantia que controla a concessionária de autoestradas Autostrade per l’Italia advertiu, esta quinta-feira, o governo de Roma que a decisão de revogar as concessões após a queda da ponte de Génova vai prejudicar os accionistas.
Através de um comunicado a Atlantia lamentou o início de procedimentos no sentido da revogação da concessão à Autostrade per l’Italia porque, reclama, a medida foi anunciada sem que tenha sido feita previamente uma "argumentação especifica" e na ausência de provas sobre as "causas do sucedido."
A empresa de gestão de infraestruturas tinha como responsabilidade a manutenção da ponte que se desmoronou na terça-feira e que provocou pelo menos 39 mortos.
A Atlantia acrescenta que se a revogação é posta em prática "a concessionária vai ter de reavaliar o valor residual da concessão por causa da aplicação de eventuais indemnizações".
O comunicado refere também que a formulação do anúncio do governo pode vir a ter impacto para os accionistas e obrigacionistas da sociedade, que a Atlantia tem de "proteger".
O comunicado foi difundido antes da abertura da Bolsa de Milão tendo a empresa, de acordo com a imprensa de italiana, registado "uma queda de 25%".
A Atlantia fechou a sessão do dia 14 de Agosto com uma queda de 5,39% prevendo-se a situação de hoje nos mercados bolsistas.
O vice-primeiro-ministro e ministro para o Desenvolvimento Económico, Luigi di Maio, disse que "existem todos os motivos para que o Estado não tenha que pagar qualquer indemnização" referindo-se à responsabilidade da concessionária. "Perante os mortos não existem cláusulas", acrescentou Di Maio numa entrevista à estação Radio24.
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