Casa Branca adia reunião sobre Acordo de Paris
Esta é a segunda vez que a reunião de conselheiros sobre o assunto é reagendada
A polémica em torno da participação dos Estados Unidos no acordo de Paris sobre o clima continua. Esta terça-feira, estaria prevista uma reunião para discutir o tema, mas a Casa Branca anunciou que iria ser adiada. Esta é a segunda vez que a reunião de conselheiros sobre o assunto é reagendada.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, terá de equacionar se o país mantém o Acordo de Paris, assinado por 195 países no final de 2015. A proposta pretende reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e conter o aquecimento global abaixo dos dois graus celsius.
O secretário da Energia norte-americano, Rick Perry, declarou, esta semana, que os Estados Unidos devem permanecer no Acordo de Paris sobre o clima, mas renegociar os seus termos, juntando-se ao campo daqueles que, na administração de Donald Trump, são favoráveis à manutenção.
Por seu turno, o patrão da Agência de Protecção do Ambiente dos Estados Unidos, Scott Pruitt, pediu recentemente que o país saia deste acordo, considerando que se tratou de "um negócio prejudicial para a América" e que beneficiou principalmente a China, o maior emissor mundial de dióxido de carbono (CO2).
Recorde-se que a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris foi uma das promessas eleitorais de Donald Trump. No entanto, a Casa Branca já fez saber que vai avaliar a sua posição em relação às alterações climáticas e a política energética.
A anterior administração norte-americana prometeu, em Paris, que os Estados Unidos vão reduzir as suas emissões de CO2 de 26 a 28% até 2025, por comparação com o nível de 2005 e, para o efeito, o então Presidente democrata, Barack Obama, autorizou a Agência de Protecção do Ambiente a forçar as indústrias de carvão a reduzir as suas emissões.
Edições do Dia
Boas leituras!