Califórnia processa petrolíferas por minimizarem os riscos dos combustíveis fósseis
O governador da Califórnia pretende que seja criado um fundo, financiado por estas empresas, para pagar os esforços de recuperação necessários após os recentes incêndios e tempestades que devastaram o estado.
O estado da Califórnia instaurou um processo contra algumas das maiores empresas de petróleo do mundo por considerar que enganam a população ao minimizarem os riscos que os combustíveis fósseis representam.
A ação civil que deu entrada no Tribunal Superior de São Francisco pretende também que seja criado um fundo, financiado por estas empresas, para pagar os esforços de recuperação necessários após os recentes incêndios e tempestades que devastaram o estado.
Num comunicado o governador democrata Gavin Newsom considerou que empresas como a Exxon Mobil, Shell, Chevron, ConocoPhilips e BP devem ser responsabilizadas: "Durante mais de 50 anos, as grandes empresas petrolíferas têm-nos mentido, encobrindo o facto de já saberem há muito tempo o quão perigosos são para o nosso planeta os combustíveis fósseis", começou por afirmar.
Numa queixa que conta com 135 páginas o governador garante que as empresas referidas têm conhecimento dos malefícios da queima de combustíveis fósseis desde, pelo menos, a década de 1960 mas que minimizaram a ameaça do aquecimento global através de declarações públicas e marketing.
Por isso no comunicado defendeu também que "os contribuintes da Califórnia não deveriam ter de pagar a conta de milhares de milhões de dólares em danas causados pelos incêndios florestais que devastaram comunidades inteiras, fumo tóxico que obstrui o ar, ondas de calor mortais e secas recordes".
Segundo o processo, a campanha de desinformação planeada pelas petrolíferas foi iniciada em 1970 para desacreditar o crescente consenso científico sobre as alterações climáticas.
Esta ação por parte do estado da Califórnia junta-se a outras semelhantes movidas por estados e municípios nos últimos anos, no entanto ainda nenhum teve sucesso.
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