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Autoridade israelita considera proposta de cessar-fogo do Hamas "viável" 

Débora Calheiros Lourenço , Lusa 24 de julho de 2025 às 08:29

O comunicado do gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu refere apenas que se trata de uma trégua de 60 dias: "Os mediadores submeteram a resposta do Hamas à equipa de negociação israelita, estando atualmente sob revisão".  

Israel confirmou que recebeu a mais recente proposta de cessar-fogo do Hamas e uma autoridade israelita considerou que esta é "viável", apesar de não avançar detalhes sobre a proposta. 

Foto AP/Leo Correa

O Hamas já tinha avançado na quinta-feira que enviou uma proposta aos mediadores, um dia depois de mais de cem organizações de ajuda humanitária e defesa de direitos humanos afirmarem que o bloqueio de Israel e a ofensiva militar estão a levar o enclave à fome. A proposta inclui especificamente alterações à entrada de ajuda humanitária, mapas das zonas de onde o exército israelita se deverá retirar e garantias de um fim permanente para a guerra, avançou a France-Presse.  

Um funcionário israelita familiarizado com as negociações falou com a Associated Press e considerou a proposta "viável", avançando que Israel está a estudá-la. De forma oficial, Israel já afirmou estar a rever a proposta, mas o comunicado do gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu refere apenas que se trata de uma trégua de 60 dias: "Os mediadores submeteram a resposta do Hamas à equipa de negociação israelita, estando atualmente sob revisão".  

A proposta do Hamas chegou num momento em que o principal enviado dos Estados Unidos para o Médio Oriente, Steve Witkoff, está prestes a viajar para a Europa onde se deve reunir com líderes do Médio Oriente para discutir a mais recente proposta do cessar-fogo e libertação de reféns.  

A ofensiva militar em Gaza foi lançada depois do ataque do Hamas ao sul de Israel a 7 de outubro de 2023 já matou mais de 59 mil palestinianos, segundo os dados do Ministério da Saúde de Gaza, que pertence ao governo do Hamas.  

Nos últimos meses a violência também aumentou nos territórios ocupados da Cisjordânia e mais de 955 palestinianos foram mortos desde 7 de outubro de 2023. Na quarta-feira à noite dois adolescentes foram mortos a tiro, os jovens foram identificados como Ahmed Al-Salah, de 15 anos, e Mohammed Khaled Alian Issa, de 17. O exército israelita confirmou estas mortes e referiu que disparou contra palestinianos que estavam a mandar coquetéis molotov em direção a uma rodovia perto da cidade de Al-Khader.

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