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Falha nova tentativa de desencalhar navio no Canal do Suez

Lusa 28 de março de 2021 às 10:43

O navio, do tamanho de um arranha-céus, atravessou-se no Canal do Suez, no Egito, devido a fortes ventos e uma tempestade de areia, na noite de terça para quarta-feira.

Uma nova tentativa, esta noite, de retirar o navio porta-contentores de 400 metros de comprimento encalhado há cinco dias no Canal do Suez voltou a fracassar, segundo um dos operadores daquela travessia marítima.

REUTERS

Esperava-se que a operação fosse bem-sucedida com a lua cheia e a grande maré alta, esperadas para esta noite, mas "infelizmente, o estado da maré não ajudou a levantar o Ever Given", escreveu na sua conta no Twitter a empresa especializada em serviços de logística em diferentes canais e estreitos do mundo Leth Agencies, citada pela agência espanhola de notícias Efe.

O navio, do tamanho de um arranha-céus, atravessou-se no Canal do Suez, no Egito, devido, de acordo com as primeiras investigações, a fortes ventos e uma tempestade de areia, na noite de terça para quarta-feira, o que obrigou já à paragem de 326 outros navios na rota de navegação mais movimentada do mundo, segundo as autoridades locais.

Segundo a Leth Agencies, a Autoridade do Canal de Suez, que administra a rota marítima egípcia, vai hoje novamente tentar descarregar o navio, com a ajuda de rebocadores.

Na tentativa de movimentar o navio, sem sucesso, foram utilizados 14 rebocadores, dragas e escavadoras para remover a areia em redor da proa do Ever Given.

O capitão de um dos rebocadores, envolvidos na operação, disse sábado terem conseguido deslocar a proa do navio cerca de 17 metros para norte, para onde navegava quando colidiu com uma das margens.

De acordo com a gestora de cargas, a multinacional Bernhard Schutle Shipmanagement (BSM), outros dois rebocadores devem hoje juntar-se à operação.

Por sua vez, a armadora Maersk, a principal operadora no Canal de Suez, lembrou que, mesmo depois de libertado, vai demorar entre três e seis dias a desfazer o grande engarrafamento que se gerou no canal, que liga o Mar Vermelho ao Mediterrâneo, e que é a rota marítima mais curta entre a Ásia e a Europa.

Algumas embarcações já estão a desviar a sua rota para o Cabo da Nova Esperança, para contornar a África, apesar de percorrer esta rota precisar de mais dias de navegação.

Com capacidade para 224 mil toneladas de carga, o porta-contentores de 400 metros, da empresa de Taiwan Evergreen, que tem bandeira do Panamá, bloqueou o canal e a passagem de 10% do comércio mundial e de 25% dos contentores de carga.

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