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Covid-19: Portugal fora da “lista vermelha” do Reino Unido a partir de 6.ª feira

Lusa 15 de março de 2021 às 19:06

"Portugal adotou medidas para mitigar o risco das suas ligações com países onde as variantes se tornaram uma preocupação", considera governo britânico.

O Reino Unido vai autorizar os voos diretos e retirar Portugal da "lista vermelha" de países cujos viajantes estão sujeitos a quarentena em hotéis no Reino Unido a partir de sexta-feira, anunciou hoje o Ministério dos Transportes britânico. 

REUTERS/Henry Nicholls

No anúncio refere-se que serão também retomadas as ligações aéreas.

A decisão foi tomada "na sequência de indícios de que se reduziu o risco de importação de uma variante preocupante destes destinos", explica em comunicado, salientando que "Portugal adotou medidas para mitigar o risco das suas ligações com países onde as variantes se tornaram uma preocupação e agora tem vigilância genómica em vigor".

Todavia, as ligações aéreas não deverão ser retomadas imediatamente, já que o Governo português prolongou até 31 de março a suspensão dos voos, comerciais ou privados, com origem ou destino no Reino Unido e Brasil. 

Apesar deste alívio das restrições, o regime de confinamento devido à pandemia de covid-19 mantém-se em Inglaterra, pelo que continua a ser proibido viajar sem justificação válida, como férias, e a circulação está essencialmente limitada a nacionais e residentes dos dois países. 

As pessoas que cheguem ao Reino Unido continuam também sujeitos a quarentena de 10 dias e três testes, um antes do embarque, e dois, ao segundo e oitavo dia da quarentena obrigatória de 10 dias, que pode assim ser feita na respetiva residência. 

Portugal é o único país europeu numa lista de países africanos e sul-americanos cujas viagens para o Reino Unido estão proibidas para reduzir o risco de importação de variantes do novo coronavírus mais infecciosas e resistentes às vacinas, como aquelas descobertas no Brasil e África do Sul.  

Os viajantes dos 33 países da chamada "lista vermelha", que incluem também o Brasil, Angola, Cabo Verde e Moçambique, são obrigados a cumprir quarentena de 10 dias num hotel designado pelas autoridades e pagar o custo de 1.750 libras (2.030 euros).

A medida foi introduzida a 15 de fevereiro, mas o Reino Unido já tinha suspendido os voos diretos de Portugal a 15 de janeiro, medida que Portugal reproduziu a 23 de janeiro.

O anúncio de Londres coincide com o início hoje do desconfinamento em Portugal, que começou pela reabertura de creches e ensino pré-escolar e do primeiro ciclo, lojas de comércio local de bens não essenciais para venda ao postigo, cabeleireiros, manicures, livrarias, comércio automóvel, mediação imobiliária, bibliotecas e arquivos.

Novas fases de alívio de restrições estão planeadas para 05 e 19 de abril e 03 de maio, mas as medidas podem ser revistas sempre que Portugal ultrapassar os "120 novos casos por dia por 100 mil habitantes a 14 dias" ou que o índice de transmissibilidade (Rt) do vírus SARS-CoV-2 ultrapasse o valor 1.

O Governo britânico começou a aliviar o confinamento em Inglaterra na semana passada, com a reabertura das escolas, mas disse que pretende continuar a proibir as viagens não essenciais para o estrangeiro, nomeadamente para férias, até 17 de maio. 

O Reino Unido contabilizou hoje 65 mortes e 125.580 desde o início da pandemia, o número mais alto na Europa e o quinto a nível mundial, atrás dos Estados Unidos, Índia, Brasil e México. 

No âmbito da mesma decisão, o Ministério dos Transportes adicionou a Etiópia, Omã, Somália e Qatar à "lista vermelha" de países com interdição de viagens e removeu as Ilhas Maurícias.

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