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Objetivo do Tribeca "não é ter salas de cinema"

Na apresentação da programação do festival de "storytelling", a diretora de comunicação do grupo Impresa afirmou: "Não se pretende ter salas de cinema, não temos esse objetivo. É para fazer uma coisa um bocadinho mais de comunidade".

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Lusa 02 de outubro de 2025 às 16:53
Da esquerda para a direita, o CEO do grupo Impresa, Francisco Pedro Balsemão, o ator Robert De Niro e o presidente da Câmara Municipal de Lisboa Carlos Moedas - três figuras centrais na organização do festival
Da esquerda para a direita, o CEO do grupo Impresa, Francisco Pedro Balsemão, o ator Robert De Niro e o presidente da Câmara Municipal de Lisboa Carlos Moedas - três figuras centrais na organização do festival Carlos Mendes

O grupo Impresa tem "todo o interesse em dar continuidade" à realização do Tribeca Festival Lisboa, mas cada edição é pensada apenas anualmente, disse esta quinta-feira à Lusa a diretora de comunicação daquele grupo de 'media', Mónica Serrano.

A segunda edição do Tribeca Festival Lisboa, apresentada esta quinta-feira em Lisboa, vai acontecer de 30 de outubro a 1 de novembro em vários espaços da zona lisboeta do Beato, nomeadamente no Unicorn Factory Lisboa, no Teatro Ibérico e na Igreja do Convento do Beato.

No final da conferência de imprensa e questionada pela Lusa sobre o planeamento para próximas edições, Mónica Serrano disse que a intenção é dar continuidade ao festival em Portugal, "e quem sabe abranger outros locais".

"Não sabemos como vai ser para o ano, é falado anualmente a cada fim de edição. [...] Temos parceria com Vilamoura e queremos fazer alguns eventos paralelos no país. Temos todo o interesse em dar continuidade, mas vai depender de vários fatores, inclusive da nossa relação com a estrutura americana", explicou.

O Festival Tribeca foi fundado em Nova Iorque em 2001, pelo ator Robert de Niro e pela produtora Jane Rosenthal, como ponto de encontro do cinema independente e de novos talentos, mas foi-se transformando num evento de 'storytelling', focado na partilha de histórias em diferentes formatos.

Em 2024, o festival aconteceu pela primeira vez na Europa, tendo a organização escolhido Lisboa, numa estratégia de expansão do projeto, numa parceria com a estação de televisão SIC, a OPTO - ambas do grupo Impresa - e a Câmara Municipal de Lisboa.

Mónica Serrano explicou que o orçamento para esta segunda edição, incluindo o montante de apoio público, só será "partilhado" quando terminar o festival.

O Tribeca Festival Lisboa vai contar com quase duas dezenas de filmes, a maioria em antestreia e já anunciados anteriormente, e conversas com figuras internacionais e portuguesas da indústria do entretenimento.

À já anunciada presença das atrizes Kim Catrall e Meg Ryan, do ator Giancarlo Esposito e do realizador Julian Schnabel, a organização revelou esta quinta-feira mais um lote de convidados, como a produtora e argumentista Ava DuVernay, as atrizes Edie Falco e Veronica Falcón e o ator Ed Westick.

O realizador Augusto Fraga e algum do elenco da série Rabo de Peixe, o ator Welket Bungué, o músico Dino d'Santiago, os humoristas Guilherme Geirinhas e Ricardo Araújo Pereira, a atriz Daniela Ruah e a apresentadora Catarina Furtado também vão estar presentes.

O programa de cinema decorrerá no Teatro Ibérico e na Igreja do Convento do Beato, que foram adaptados para a exibição de filmes, garantiu Mónica Serrano, em resposta às críticas de 2024 pelas condições nas quais foram exibidos filmes em salas não insonorizadas e com cadeiras desconfortáveis.

"Não se pretende ter salas de cinema, não temos esse objetivo. É para fazer uma coisa um bocadinho mais de comunidade", esclareceu Mónica Serrano, prometendo uma lotação maior e cadeiras mais confortáveis nos locais.

Este ano, o Tribeca Festival Lisboa terá três modalidades de bilhetes, que variam entre os 15 e os 65 euros para uma ou várias sessões de cinema, e os 36 euros (em compra antecipada) para assistir a cada uma das sessões de conversas e 'podcasts' ao vivo.

Há ainda um passe geral de 255 euros, que garante acesso a toda a programação e que, segundo Mónica Serrano, está praticamente esgotado, tendo sido vendidas "algumas centenas de bilhetes".

Mónica Serrano considera este preçário o "mais adequado e adaptado à generalidade das pessoas" e que 15 euros por uma sessão de cinema permite "viver uma experiência muito mais completa", com acesso a momentos de perguntas e respostas com convidados.

Este ano, a organização promete ainda uma programação mais aberta à comunidade e não apenas a quem se interessa ou trabalha na indústria do entretenimento.

"A ideia é abrir. Vai haver atividades totalmente abertas ao público, 'performances', música, área de alimentação" -- ainda por anunciar -, de acesso gratuito. Quem quiser poderá circular gratuitamente no recinto, exceto nos espaços de entrada paga", disse Mónica Serrano.

Toda a programação desta segunda edição do Tribeca Festival Lisboa está disponível em tribecalisboa.sic.pt.

Dos dois fundadores do festival nova-iorquino Tribeca, está confirmada apenas a presença da produtora Jane Rosenthal.

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