Com o valor de 50 mil euros, esta distinção consagra artistas nacionais desde 2000. Uma exposição retrospetiva no MAAT e um catálogo completam a homenagem.
Luisa Cunha é a vencedora da edição de 2021 do Grande Prémio Fundação EDP Arte.
O júri deliberou por unanimidade atribuir este prémio à artista, salientando a originalidade, ousadia experimental, multidisciplinaridade e pioneirismo no uso de novas linguagens, e destacando a sua influência nas gerações mais jovens.
Composto por Benjamin Weil, curador e crítico de arte francês e diretor do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Philippe Vergne, diretor do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Teresa Patrício Gouveia, antiga presidente da Fundação de Serralves e ex-administradora da Fundação Calouste Gulbenkian, Tobi Maier, diretor das Galerias Municipais de Lisboa, Vera Pinto Pereira, presidente da Fundação EDP, Miguel Coutinho, administrador e diretor geral da Fundação EDP, e José Manuel dos Santos, administrador e diretor cultural da Fundação EDP, o júri salientou ainda, para fundamentar a sua decisão, a forma como a artista trabalha o espaço e o som a partir da linguagem verbal, num permanente jogo de construção e desconstrução de significados.
Luisa Cunha, Pantone #2, 2018Luisa Cunha
O trabalho de Luisa Cunha – que tem um site com o seu nome, que vale a pena visitar – está fora de classificações geracionais, sendo herdeira das experiências de desmaterialização da arte internacional dos anos 1970.
Este é um prémio de reconhecimento e contribuirá certamente para dar a Luisa Cunha a visibilidade pública que o seu mérito artístico – distribuído por meios como a pintura, a fotografia, a performance, a instalação ou os textos sonoros – justifica.
Criado em 2000, o Grande Prémio Fundação EDP Arte tem como objetivo consagrar artistas plásticos, com carreira consolidada e historicamente relevante, cujo trabalho contribui para afirmar e fundamentar as tendências estéticas contemporâneas portuguesas.
Luísa Cunha, Do what you have to do, 1994Luisa Cunha
Além do valor pecuniário do prémio, de 50 mil euros, o artista escolhido é homenageado através de uma exposição de caráter retrospetivo e/ou antológico, e da publicação de um catálogo que constitui uma importante referência historiográfica e bibliográfica.
Na história das suas edições, o Grande Prémio Fundação EDP Arte distinguiu grandes nomes da arte contemporânea como Lourdes Castro (2000), Mário Cesariny (2002), Álvaro Lapa (2004), Eduardo Batarda (2007), Jorge Molder (2010), Ana Jotta (2013) e Artur Barrio (2016).