"O meu maior privilégio imerecido é ter nascido em 1982.” É assim que Djaimilia Pereira de Almeida arranca a sua reflexão sobre o que é ser escritora negra. Vai mais longe: “Fosse eu uma mulher negra da geração da minha avó, ou mesmo da geração da minha mãe, e o meu destino seria outro. Durante muito tempo, imaginei que escrevia para não desperdiçar a minha vida.” A escritora, que agora vive em Nova Iorque, onde dá aulas na New York University, diz que quis levantar questões sobre o papel que querem atribuir aos artistas negros. Durante 38 minutos, falou com a SÁBADO sobre o que a leva a escrever, como vivemos hoje num mundo tão polarizado e como a literatura nos pode ajudar.

Djaimilia Pereira de Almeida: “Cheguei atrasada à minha pele mas ainda fui a tempo”

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