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"Acho que a empresa TAP, já antes da covid-19, não estava bem, que a empresa não estava a ser bem gerida antes da covid-19", chegou a dizer Pedro Nuno Santos.
O presidente do Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos endereçou uma carta, a título pessoal, ao Governo, na qual considera que o ministro das Infraestruturas não fez nada nos últimos dois meses em relação à gestão da TAP.
De acordo com a carta aberta, a que a Lusa teve acesso, enviada, no domingo, ao primeiro-ministro, António Costa, e ao ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, André Teives classificou como "infelizes" as declarações feitas pelo ministro da tutela no parlamento, em 29 de abril.
Pedro Nuno Santos disse, na comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, no âmbito de uma audição regimental, que fazia uma "apreciação negativa" dos resultados que a TAP apresentava antes da pandemia da doença provocada pelo novo coronavírus.
"Acho que a empresa TAP, já antes da covid-19, não estava bem, que a empresa não estava a ser bem gerida antes da covid-19, pronto está dito aquilo que eu acho", referiu, na ocasião, o governante.
"Referia-se ao quê em concreto?", questionou na carta André Teives, considerando que as declarações do ministro foram uma "tentativa de fazer uma prova de vida política".
O também trabalhador da TAP acusou Pedro Nuno Santos de nada ter feito em relação à gestão e situação financeira da transportadora aérea portuguesa: "O que já fez V/Exa. e o seu Governo sobre este tema, ao fim de quase dois meses? Não se preocupe, que respondo novamente, NADA!".
André Teives refere também que "é espantoso que ao fim de quase cinco anos de Governo PS, num contexto - atual - de pandemia, em que praticamente todos os aviões em todo o mundo estão no chão, abordar-se agora [a nacionalização da TAP], quando teoricamente tiveram oportunidade de o fazer aquando da alteração em 2016".
O funcionário da TAP sustenta que o ministro não tem a "mínima noção do que se passa no mundo da aviação", mas sublinha, no final do documento, que a "carta aberta não visa apoiar a atual gestão executiva da TAP", que "também cometeu e comete erros".
Em 29 de abril, durante a comissão parlamentar, disse que Governo optará pela solução para a TAP que melhor defender "o povo português e a economia do país", na sequência de uma questão feita pelo deputado do CDS-PP João Gonçalves Pereira sobre o futuro da companhia aérea e uma possível nacionalização, à qual o partido se opõe.
"O senhor deputado está a dizer que um empréstimo de 350 milhões de euros, um empréstimo do povo português, vai resolver os problemas da TAP. E se a empresa não puder pagar, o empréstimo é de quem? Eu digo-lhe, eu vou-lhe dizer: é o povo português que paga, percebe? E se é o povo português que paga, é bom que seja o povo português a mandar", respondeu o ministro, exaltado.
Sublinhando que o Governo está a avaliar todas as propostas de solução para o problema da TAP, Pedro Nuno Santo disse não excluir qualquer uma delas, incluindo uma nacionalização.
"Se nós [Estado] injetarmos centenas de milhões de euros na TAP, o que é que acha que acontece à relação societária, se o privado não acompanha? Não vamos aqui com rodriguinhos! O Estado mete lá dinheiro, metemos um cêntimo, o privado não mete lá nenhum, o que é que acontece? O Estado fica com papel maioritário", respondeu o ministro.
Pedro Nuno Santos acusou o CDS de estar a defender a proposta do privado, na questão da TAP.
Se o Estado não tivesse participação na empresa, hoje já "nem tínhamos aviões, nem tínhamos nada", acrescentou.
"Cada vez que eu oiço uma intervenção de um deputado do CDS eu penso 'esta malta não percebe nada de empresas'. Um estado que se quer defender na relação com o privado não deve excluir nada, até para ter força negocial", reiterou o ministro.
Sindicalista considera que ministro das Infraestruturas nada fez pela TAP
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