Sábado – Pense por si

Quem é Pedro de Almeida, o homem que quer a Comporta só para ele?

Ana Taborda
Ana Taborda 29 de julho de 2017 às 08:00

Não nasceu empresário, nem rico, mas fez-se ambos

Tinha 16 anos quando se ajeitou à moda da tropa (farda e cabelo curto) para entrar na escola naval e deixar de dar despesa à mãe – o pai, médico, morrera subitamente e eram sete filhos para sustentar, o mais novo com 5 anos. Como ainda não havia ricos na família, só o salário de uma analista química, Pedro de Almeida foi improvisando, vendeu enciclopédias, andou a bater à porta de donas de casa para saber que detergentes usavam (e quantas vezes por dia), arranjou cama e estudos pagos na Marinha e uma vida militar que o levou à improvisação seguinte: sair dela. "Para se ser militar é preciso ter o chamado espírito militar e ele odiava aquilo. Foi um calvário", diz um amigo. "Convenceu o médico que o tipo de vida que tinha ali não era compatível com a maneira de ser dele e que, se continuasse, acabaria por enlouquecer." Depois de várias semanas no hospital, intercaladas com longos períodos em casa e com outras tantas conversas com o médico (que por sorte estudara Medicina com o seu pai), o esperado relatório ficou finalmente pronto: serviço militar cumprido, baixa por incapacidade física.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.