Sábado – Pense por si

Portugueses sem casa fixa, patrões ou horários

Raquel Lito , André Rito 20 de agosto de 2016 às 08:00

Não têm casa fixa, patrões ou horários. São profissionais altamente qualificados a quem basta um computador com Internet para cumprir o sonho; serem livres

O despertador tocou às cinco da manhã. Quase sete horas depois, Luís Reis Costa, 38 anos, já tinha reunido – via Skype – com um cliente em Hong Kong, trocado vários emails, e voltado a ligar a câmara para outra sessão de vídeo-conferência. Quando atendeu o telefone para falar à SÁBADO, o engenheiro do ambiente estava encostado ao carro a medir as ondas que entram na Praia de Ofir, em Viana do Castelo. O dia de trabalho tinha terminado e era hora de viver o sonho que começou há seis anos, quando deixou um emprego bem remunerado em Espanha e partiu para uma volta ao mundo solitária. Tão cedo não voltaria a Portugal.

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Dez observações sobre a greve geral

Fazer uma greve geral tem no sector privado uma grande dificuldade, o medo. Medo de passar a ser olhado como “comunista”, o medo de retaliações, o medo de perder o emprego à primeira oportunidade. Quem disser que este não é o factor principal contra o alargamento da greve ao sector privado, não conhece o sector privado.

Adeus, América

Há alturas na vida de uma pessoa em que não vale a pena esperar mais por algo que se desejou muito, mas nunca veio. Na vida dos povos é um pouco assim também. Chegou o momento de nós, europeus, percebermos que é preciso dizer "adeus" à América. A esta América de Trump, claro. Sim, continua a haver uma América boa, cosmopolita, que gosta da democracia liberal, que compreende a vantagem da ligação à UE. Sucede que não sabemos se essa América certa (e, essa sim, grande e forte) vai voltar. Esperem o pior. Porque é provável que o pior esteja a chegar.