O Montepio obteve prejuízos de 243,4 milhões de euros em 2015 e aumentou o capital em 300 milhões de euros
O banco justifica, em comunicado, este agravamento dos prejuízos, face a 2014, por ter feito menos resultados com as operações financeiras (138,7 milhões de 2015, abaixo dos 352,2 milhões de 2014 com), sobretudo devido às menores mais-valias com a dívida pública, depois de em 2014 terem sido vendidos muitos desses títulos.
Ainda em 2015, a margem financeira do Montepio foi de 227,4 milhões de euros, abaixo dos 336,5 milhões de euros de 2014, e o rendimento de serviços e comissões ficou praticamente estabilizado (-0,5%) para 135,1 milhões de euros.
O ano passado, o Montepio reduziu as imparidades para crédito em 50%. No entanto, essas ainda representaram 258,4 milhões de euros, o que pesou nos resultados da instituição financeira.
O banco salientou que a cobertura do crédito em risco é de 56,1% (abaixo dos 69,4% de 2014), acrescentando que esse rácio sobe para 126,9% se forem consideradas garantias hipotecárias. Além disso, divulgou, houve uma "significativa redução das entradas de crédito em incumprimento", de -17,3%.
Quanto à concessão de crédito, em 2015, este desceu 4% para 15.944 milhões de euros, com o banco a justificar com a contracção dos empréstimos para compra de habitação, para construção e mesmo ao sector social. Já o crédito a empresas excluindo construção caiu mais ligeiramente, 1%.
Quanto aos depósitos de clientes, esses diminuíram 9% entre 2014 e 2015 para 12,956 milhões de euros. Ainda assim, no último trimestre do ano os depósitos aumentaram 3,3% face ao período anterior.
O Montepio fechou 2015 com um rácio de capital CET (medida de avaliação da solidez) de 8,81%, acima do mínimo exigido para a instituição, que o banco diz ter conseguido recorrendo sobretudo à redução de activos ponderados pelo risco.
O banco procedeu ainda a um aumentou o capital em 300 milhões de euros, totalmente subscritos pela Associação Mutualista, com o presidente do banco a dizer que uma abertura do capital ao exterior será equacionada "quando for oportuno".
Segundo a informação divulgada pelo banco, se fosse considerado o impacto deste recente reforço de capital à data de 31 de Dezembro de 2015, o banco ficaria com um rácio de capital 'common tier 1' nessa altura de 10,9%, acima dos 8,8% apresentados no final do ano passado.
O presidente do banco mutualista, Félix Morgado, que substituiu Tomás Correia no verão passado, disse em declarações à Lusa que esta operação de reforço dos fundos próprios tem como objectivo "sustentar o crescimento do produto bancário", um dos objectivos estratégicos para este ano que a equipa directiva quer que seja feito através de um reforço do negócio, nomeadamente do aumento da concessão de crédito a Pequenas e Médias Empresas (PME) e a empresários individuais.
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