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Fernando Medina explica o seu primeiro orçamento e a manutenção das "contas certas"

Acompanhe a conferência de imprensa do ministro das Finanças, Fernando Medina, e dos seus secretários de Estado, para explicar a proposta de Orçamento do Estado.

Cerca de uma hora e meia depois de ter entregado a proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) na Assembleia da República, Fernando Medina e a sua equipa explicam todo o documento.

MANUEL DE ALMEIDA/LUSA
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O ministro das Finanças afirma que as medidas como o desdobramento dos escalões de IRS ou a redução do ISP também beneficiam os funcionários públicos - é com esta justificação, e com a argumentação de que aumentar salários seia "colocar ao lado do motor da inflação importada um motor interno de inflação", que afirma que "as medidas para a Função Pública são estas". Ou seja: não haverá aumentos adicionais ao de 0,9% em curso desde janeiro. A inflação prevista pelo Governo para este ano é de 4%.

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Medina: "Em nenhum dicionário do mundo esta é uma política de austeridade".

Depois de ter elencado a consolidação orçamental como primeira prioridade da política do Governo, Medina responde a um jornalista sobre se esta é uma política de austeridade. "Em nenhum dicionário do mundo esta é uma política de austeridade", aponta o ministro, citando o aumento de 10 euros de pensionistas, a redução do ISP (que compensa 72% do aumento do preço da gasolina e 52% do gasóleo, segundo Medina), ou o aumento do salário mínimo (pago pelos privados).

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Medina dá destaque a uma das medidas que, diz, convocou a "urgência" do Governo em acelerar a apresentação do Orçamento do Estado: um aumento de 10 euros por mês nas pensões de quem recebe menos de 1.108 euros, uma medida pré-anunciada. O ministro reforça a mensagem política: "É uma resposta ao aumento dos custos", que "beneficia mais de 1,9 milhões de pensionistas".

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Medina: inflação é "sobretudo conjuntural"

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O novo ministro das Finanças abre a sua intervenção a enaltecer o esforço feito para apresentar a proposta de Orçamento do Estado para 2022 "apenas cinco dias depois de o govero estar em plenitude de funções". Fernando Medina nota os "desafios urgentes" que a conjuntura coloca, o "forte contexto de incerteza" e assume que a "política de contas certas que é a que melhor demonstrou ao longo dos anos ser a que melhor ptotege os interesses dos portugueses". O governo socialista de António Costa prossegue com o mote das legislaturas anteriores sobre disciplina orçamental, com Medina a notar a dívida pública elevada.

O ministro das Finanças apongta que o novo Orçamento manterá a meta de défice da proposta chumbada, de 1,9, e que pressupõe até uma redução maior da dívida pública. "Manteremos o objectivo para o défice orçamental e projectamos uma ligeira melhoria no nosso volume de dívida pública", afirma Medina, que fala numa  "diminuição muito significativa que o país precisa de fazer" na dívida.