Sábado – Pense por si

Como foi o lápis azul da censura na publicidade

Raquel Lito
Raquel Lito 09 de dezembro de 2017 às 10:00

Riscou o slogan de Fernando Pessoa (“primeiro estranha-se, depois entranha-se”). Agora é a vez de a Renova ser alvo em Paris.

Um ombro tatuado com a figura mitológica de Laocoonte, o anti-herói do Cavalo de Tróia, incomoda alguma gente. Mas duas palavras em letras miudinhas – "apaziguamento sexual" – a acompanhá-lo perturbam ainda mais os guardiões da moral, Diáconos Remédios desta vida. A Renova pagou a factura ao ver a campanha do novo papel higiénico 4D ser censurada, no fim do mês passado. A empresa que gere o metro de Paris (RATP) decidiu retirar o anúncio das estações por considerá-lo "susceptível de chocar" pelo "cariz sexual" e pela referência a uma suposta personagem religiosa. O Le Figaro noticiou a medida, a empresa de Torres Novas alegou censura e a imagem ganhou dimensão.

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