Sábado – Pense por si

As ostras do Sado regressaram ao mundo

Juliana Nogueira Santos , Marco Alves 02 de setembro de 2019 às 19:21

Estão na moda e a produção está a crescer, mas nada como nos anos 50 e 60, quando estes bivalves faziam excêntricos como o Zé da Mota. E até o poeta Bocage teve autorização para as cultivar.

Antunes Dias ainda se lembra da personagem. "Chamava- se o Zé da Mota. Porque andava a vender tecidos pelas ruas de Setúbal  montado numa mota." Um dia, o Zé da Mota decidiu entrar no negócio das ostras no estuário do Sado. "Uns anos depois começou a fazer prédios em Setúbal." Que é como quem diz, o Zé da Mota ficou rico. Como ele houve outros. "Quem andava na ostra ganhava bom dinheiro, não me pergunte os valores, não tenho de memória. Mas lembro-me da alegria daquelas pessoas. Elas cantavam." Porquê? "Porque estavam satisfeitas, tinham ali um emprego garantido." É preciso contextualizar este sentimento num Portugal do Estado Novo, pobre e atrasado economicamente.

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