Sábado – Pense por si

A incrível saga da família Roquette

Ana Taborda
Ana Taborda 16 de dezembro de 2025 às 23:00

Vieram de França a saber cultivar rúcula, compraram grandes herdades, participaram em caçadas com reis e infantes, fizeram-se barões em Salvaterra. Os seus descendentes foram campeões de ténis e de golfe, fizeram o Sporting e o BES, lançaram o turismo no Algarve – mas também cantaram ópera no Scala de Milão.

Era suposto ser uma pequena viagem até Vila Franca de Xira, a meia hora de casa, mas Rafael Ferreira Roquette entrou num barco em Lisboa e já só parou no Brasil. “Vivia nesta casa com a mulher e um dia disse-lhe: ‘Vou ali comprar cigarros e já volto’”, conta Leonor Roquette Rocha e Mello, uma das mais de 2.300 Roquettes de uma família com 14 gerações. “Foi-se embora e fundou um vaudeville, onde era ator e diretor. Nessa altura um vaudeville era uma coisa que ninguém na família queria ter, e também já alguém tinha dito que o tio Rafael trabalhava como porteiro num hotel no Rio de Janeiro”, acrescenta Isabel Rocha e Mello, irmã de Leonor.

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Fazer uma greve geral tem no sector privado uma grande dificuldade, o medo. Medo de passar a ser olhado como “comunista”, o medo de retaliações, o medo de perder o emprego à primeira oportunidade. Quem disser que este não é o factor principal contra o alargamento da greve ao sector privado, não conhece o sector privado.

Adeus, América

Há alturas na vida de uma pessoa em que não vale a pena esperar mais por algo que se desejou muito, mas nunca veio. Na vida dos povos é um pouco assim também. Chegou o momento de nós, europeus, percebermos que é preciso dizer "adeus" à América. A esta América de Trump, claro. Sim, continua a haver uma América boa, cosmopolita, que gosta da democracia liberal, que compreende a vantagem da ligação à UE. Sucede que não sabemos se essa América certa (e, essa sim, grande e forte) vai voltar. Esperem o pior. Porque é provável que o pior esteja a chegar.