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Verbas para E-lar "quase no fim". Terceira fase chega na primeira metade de 2026

Jornal de Negócios 22 de dezembro de 2025 às 15:02

Está por dias o fim dos 60 milhões que o Governo tem disponíveis para a segunda fase do E-Lar, mas a ministra da Energia garante que a terceira fase está a caminho. Os fundos já não vêm do PRR, mas continuam a vir de Bruxelas, ainda que possam ter de ser adiantados pelo Governo.

A segunda fase do . A ministra do Ambiente e Energia diz que os 60 milhões já foram quase todos atribuídos, mas garante que uma terceira fase vai chegar nos primeiros meses de 2026.
Maria da Graça Carvalho, ministra do Ambiente Miguel Baltazar
"Ainda há verba. O número de pedidos é muito grande, está quase no fim do que nós tínhamos previsto (...) Mas penso que ainda vamos ter a possibilidade, durante vários dias, de ter o E-Lar ainda aberto. A não ser que nestes dias haja muita gente a concorrer", diz Maria da Graça Carvalho, em entrevista ao programa do Negócios no canal NOW. A ministra do Ambiente e Energia indica que a média dos montantes está entre os 700 e 800 euros por candidatura, bem abaixo do permitido - 1.700 para famílias vulneráveis, 1.100 para a classe média. "Não está a chegar a 1.000 por cada candidatura. Isto significa que as pessoas estão a concorrer ou só com um eletrodoméstico ou com dois, quando poderiam concorrer com três", aponta. Tendo em conta a popularidade do programa, o Governo garante a abertura de uma terceira fase em 2026 - a ideia é que seja com apoio europeu, mas caso haja atrasos, o Executivo irá avançar com meios próprios. As duas primeiras fases contaram com fundos do PRR, nas a terceira será com Fundo Social para o Clima. "Só começa quando a Europa decidir o início. Tenho algum receio que possa haver atraso, porque são 27 Estados-membros, mas podemos sempre, se isso acontecer, com o Fundo Ambiental abrir uma fase do E-Lar no primeiro semestre,  enquanto não comece o Fundo Social do Clima", explica. Maria da Graça Carvalho admite que gerir este tipo de programas é difícil em termos de logística, com "dezenas de milhares a concorrer, muitas vezes ao mesmo tempo", mas frisa que  "a transição para a energia limpa só se faz se as pessoas aderirem a ela". "Não é só com as grandes indústrias e produção de eletricidade, tem que ser com as pessoas", sublinha. O Governo espera que o E-Lar contribua para reduzir o consumo de gás em Portugal, até porque, no início deste mês, . A ministra da Energia não se mostra preocupada e diz que os 5% que entraram este ano no país são "facilmente substituídos", sendo agora da responsabilidade de uma empresa espanhola com contratos de longo e médio prazo. "Sem uma sanção firme da Comissão Europeia não tínhamos forma de impedir que essa empresa - que nem sequer é uma empresa portuguesa - fizesse essa importação de gás russo. Mas corresponde simplesmente a 5%, não é considerável, pode ser facilmente substituído", afirma Maria da Graça Carvalho, acrescentando que "tem sido difícil detetar onde é que está a ser utilizado esse gás". Mas a governante explica que o interesse em reduzir a importação e consumo de gás em Portugal vai muito além da questão russa. "É sempre dinheiro que sai de Portugal, é mais caro que as energias renováveis. A energia solar ou mesmo a eólica é mais barata que utilizar gás, e o gás é muito suscetível a oscilações sempre que há problemas internacionais, conflitos internacionais", reflete. "Temos toda a vantagem em ter uma menor dependência do gás", remata.
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